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Papa ensina a corrigir quem pecou contra mim

Pope at window of papal apartment – pt

CTV

Vatican News - publicado em 08/09/14

Correção fraterna, mas nada de insultos ou fofocas: "isso é feio", "insultar não é cristão", afirmou o Papa Francisco

O Papa Francisco explicou nesse domingo como se deve corrigir uma pessoa que pecou contra um de nós. 

Jesus – explicou o Papa durante o Angelus – nos ensina que se o meu irmão comete um pecado contra mim, eu devo ter caridade para com ele e, antes de tudo, falar pessoalmente com esta pessoa, explicando-lhe que o que disse ou fez não é bom.

Se o irmão não me ouvir, Jesus sugere uma ação progressiva: primeiro, voltar a falar com ele com outras duas ou três pessoas; se, não obstante isso, ele não acolher a exortação, é preciso dizer à comunidade; e se não ouvir sequer a comunidade, é preciso fazer com que sinta a fratura e o distanciamento que ele mesmo provocou.

Todavia – advertiu Francisco – neste itinerário é preciso evitar o clamor da fofoca da comunidade. A atitude é de delicadeza, prudência, humildade, atenção para com quem pecou, evitando que as palavras possam ferir e matar o irmão. 

"Vocês sabem que as palavras matam: quando falo mal, faço uma crítica injusta, isso é matar a fama do outro."

"Ao mesmo tempo, esta discrição tem a finalidade de não mortificar inutilmente o pecador. O objetivo é ajudar o irmão a perceber o que ele fez. Isso também nos ajuda a nos libertar da ira e do ressentimento que nos fazem mal e que nos levam a insultar e a agredir." 

"Isso é feio. Nada de insultos. Insultar não é cristão", afirmou o Papa Francisco.

Na realidade – explicou o Papa –, diante de Deus somos todos pecadores e necessitados de perdão. Jesus, de fato, nos disse para não julgar. A correção fraterna é um serviço recíproco que podemos e devemos fazer uns aos outros. E é possível e eficaz somente se cada um se reconhece pecador e necessitado do perdão do Senhor. A mesma consciência que me faz reconhecer o erro do outro, antes ainda me lembra que eu mesmo errei e erro tantas vezes.

Por isso, no início da Santa Missa, todas as vezes somos convidados a reconhecer diante do Senhor que somos pecadores, expressando com as palavras e os gestos o sincero arrependimento do coração. E dizemos: “Senhor, tende piedade de mim”, e não “Senhor, tende piedade dessa pessoa que está a meu lado”. Todos somos pecadores e necessitados do perdão do Senhor.

Entre as condições que são comuns dos que participam da celebração eucarística, duas são fundamentais, ressaltou o Papa: todos somos pecadores e a todos Deus doa a sua misericórdia. “Devemos nos lembrar sempre disso antes de corrigirmos fraternalmente o nosso irmão.”

(Rádio Vaticano)

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