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Sabe o que aconteceu com a menina desta famosa fotografia?

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Nick Ut

Unione Cristiani Cattolici Razionali - publicado em 03/02/15

O testemunho da menina de Saigon que se tornou símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã

No dia 8 de junho de 1972, um avião bombardeou a aldeia de Trang Bang, no Vietnã do Sul, depois de o piloto confundir um grupo de civis com tropas inimigas. As bombas continham napalm, um combustível altamente inflamável que queimou e matou inúmeras pessoas em terra.

South Vietnamese forces follow after terrified children, including 9-year-old Kim Phuc, center, as they run down Route 1 near Trang Bang after an aerial napalm attack on suspected Viet Cong hiding places, June 8, 1972. A South Vietnamese plane accidentally dropped its flaming napalm on South Vietnamese troops and civilians. The terrified girl had ripped off her burning clothes while fleeing. The children from left to right are: Phan Thanh Tam, younger brother of Kim Phuc, who lost an eye, Phan Thanh Phouc, youngest brother of Kim Phuc, Kim Phuc, and Kim's cousins Ho Van Bon, and Ho Thi Ting. Behind them are soldiers of the Vietnam Army 25th Division. (AP Photo/Nick Ut)

A famosa imagem em branco e preto desse evento (foto acima), que imortaliza as crianças fugindo do povoado em chamas, ganhou o Prêmio Pulitzer e foi eleita pelo World Press como a Foto do Ano em 1972.

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Tornou-se símbolo dos horrores da Guerra do Vietnã, da crueldade de todas as guerras para as crianças e as vítimas civis.

Vietnamese-Canadian Phan Thi Kim Phuc delivers her speech before her June 8, 1972 Pulitzer-Prize-winning photograph during the Vietnam war, during a lecture meeting in Nagoya, Aichi prefecture on April 13, 2013. Kim Phuc met with some 300 spectators in her first visit to Japan. AFP PHOTO / JIJI PRESS

AFP PHOTO / JIJI PRESS

A protagonista da foto é uma menina de 9 anos que corre, nua e desesperada, pela estrada, depois de ter sua roupa toda queimada. Seu nome é Kim Phuc Phan Thi, e ela participava de uma cerimônia religiosa com sua família no momento do bombardeio.

Kim 1

Kim interveio recentemente por ocasião do 40º aniversário do bombardeio, e contou que, depois da fotografia, caiu no chão e foi socorrida pelo fotógrafo, Nick Ut, que a levou ao hospital. Ficou 14 meses internada e sofreu 17 intervenções cirúrgicas.

Resultado de imagem para hiroshima Kim Phuc Phan ThiNick Ut/AP

“Minha vontade era ter morrido naquele dia, junto à minha família – disse. Foi difícil carregar todo esse ódio, essa raiva.” Apesar das profundas cicatrizes em seu corpo, ela estudou medicina e, no segundo ano da faculdade, em Saigon, descobriu o Novo Testamento na biblioteca universitária. Começou a lê-lo e decidiu seguir Jesus Cristo, percebendo que Deus tinha um plano para a sua vida.

Junto ao seu marido, também vietnamita, fundou, em 1997, a primeira Kim Foundation International nos Estados Unidos, com o objetivo de proporcionar assistência médica e psicológica às crianças vítimas das guerras. O projeto se espalhou e hoje existem vários centros.

A conversão cristã, sobretudo a fé, deram-lhe forças para perdoar. Hoje, Kim tem 50 anos, mora perto de Toronto (Canadá), com seu marido e dois filhos, Thomas e Stephen. Ela dedica sua vida à promoção da paz, oferecendo apoio médico e psicológico às vítimas da guerra na Uganda, Timor Oriental, Romênia, Tadjiquistão, Quênia, Gana e Afeganistão.

O perdão me libertou do ódio“, escreveu em sua biografia, “The girl in the picture“.

“Ainda tenho muitas cicatrizes no corpo e uma forte dor quase todos os dias, mas o meu coração se purificou. O napalm é muito potente, mas a fé, o perdão e o amor são mais fortes. Não teremos mais guerras se todos aprenderem a conviver com o verdadeiro amor, com a esperança e o perdão. Se isso foi possível com a menina da foto, pergunte-se: será que eu também posso?”.

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