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Até que ponto são válidos os casamentos de hoje em dia?

Recién casados en un carro tirado a caballo – pt

© Huskyherz

Salvador Aragonés - publicado em 28/05/15

Quando um casamento não dá certo, é preciso analisar se ele foi celebrado de acordo com os requisitos que a Igreja estabelece para sua validade

A cena é conhecida por todos: recém-casados saindo das igrejas, basílicas, catedrais ou mosteiros, cobertos de grãos de arroz, com seus carros luxuosos ou de época, e com convidados vestidos com traje de festa.

Ao ver tantos e tantos casamentos celebrados na Igreja Católica, eu desejo do fundo do coração: que sejam felizes a vida inteira!

No entanto, até que ponto são válidos esses matrimônios celebrados na atualidade? O próximo sínodo do mês de outubro estudará novamente a família e, com ela, os êxitos e fracassos dos casamentos.

Quando um casamento não dá certo, é preciso analisar, entre outras coisas, se ele foi celebrado de acordo com os requisitos que a Igreja estabelece para declarar tal matrimônio válido.

Para isso, é necessário averiguar, em primeiro lugar, se as pessoas eram realmente livres na hora de dar o “sim”, ou se houve influência de fatores psicológicos, familiares ou de outro tipo que acabaram impedindo a liberdade do “sim”. Este tema é complexo, dada a falta de maturidade de muitos jovens que vão se casar. Será que foi um “sim” condicionado?

Há pessoas que se casam para não desagradar os pais, mas neste caso não houve sacramento, porque não foram aceitas as condições do matrimônio como tal. Tampouco são válidos os casamentos celebrados na Igreja pelo fato de “serem mais festivos, elegantes, tradicionais ou pomposos”.

No sínodo de 2014, foram aprovadas duas propostas importantes: a revisão dos métodos de estudo da validez de casamentos que se romperam e o reforço – em qualidade e competência profissional – dos tribunais eclesiásticos que entendam das nulidades matrimoniais.

Há várias perguntas que precisam ser feitas ao analisar a validade do casamento, entre elas: no consentimento, o casal era aberto à vida? Porque, se o casal não pretendia ter filhos, o “sim” teve uma falha gigante, que anula uma das finalidades do casamento.

O “sim” do matrimônio não pode estar condicionado, nem pelo “estaremos juntos enquanto o amor durar”, porque o amor não é um sentimento que vai e vem, que acende e apaga, mas comporta uma afirmação da vontade firme de entregar-se totalmente ao outro, que se agigante na medida em que os anos passam.

Nisso consiste a promessa pública e solene que os esposos fazem diante de Deus, das testemunhas e da sociedade.

Um tema importante é o papel dos párocos que abençoam este sacramento. Não se trata de somar quantitativamente, mas qualitativamente, os matrimônios, ou seja, é preciso abençoar os esposos cristãos responsáveis.

É preciso levar os noivos ao altar para que celebrem um sacramento com pleno conhecimento de causa, sabendo que sua santidade consiste em viver de maneira exemplar a vida matrimonial e familiar.

Então, o padre precisa buscar que os futuros esposos estejam bem preparados para ser coerente e exemplares em sua vida matrimonial.

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