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James Bond é um homem triste e sexista

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Lucandrea Massaro - publicado em 04/09/15

Ator Daniel Craig, intérprete do agente mais famoso do cinema, o considera um solitário que busca compensação no sexo casual

Quem não gostaria de ter a vida de James Bond? Carros de luxo, lindas mulheres, lugares exóticos, trajes perfeitos… Aparentemente, quem não gostaria de ter essa vida é… o próprio James Bond. Ou melhor, o seu intérprete, Daniel Craig.

Em entrevista à revista Esquire, Daniel revelou que está cansado de interpretar o agente e, especialmente, que não gosta do aspecto “latin lover britânico” do personagem. “Eu espero que a minha interpretação do 007 não seja sexista e misógina como as anteriores”, diz ele.

O mundo mudou desde que Fleming escreveu os romances de James Bond. E eu, na vida real, não me pareço com ele em nada. Não é possível mudá-lo radicalmente nas telas, então a única coisa que podemos fazer é colocá-lo perto de grandes atrizes e dar a elas os melhores papéis possíveis”. Esta filosofia é partilhada por Sam Mendes, o diretor dos filmes do agente 007 que têm Craig como protagonista, e pode ser observada, por exemplo, na escolha de Monica Bellucci para a nova produção, “Spectre”. Ela será, no esplender da “casa dos 50” e para todos os efeitos, a mais “madura” das “bond-girls”.

Na opinião de Daniel Craig, o apetite sexual do 007 esconde uma vida vazia. “A verdade é que Bond é desgraçadamente solitário. Há nele uma grande tristeza. Ele leva belas mulheres para a cama, mas depois elas desaparecem, ele vai envelhecendo e não encontra alegria”.

Já Craig é casado com a atriz Rachel Weisz e acrescenta que não se entusiasma com a possibilidade de viver o agente por uma quinta vez, mesmo com toda a fama e dinheiro que os filmes lhe trouxeram. “No momento, eu tendo a dizer não. Mas vamos ver. No começo, eu pensava em fazer outros filmes para mostrar a minha versatilidade, mas agora não acho tão ruim ser identificado com Bond. Eu apenas tento fazê-lo da maneira mais verdadeira, honesta e realista”.

Pelos seus predecessores no papel, ele não expressa muita admiração: “Não quero ser desrespeitoso com ninguém, mas o meu Bond é completamente diferente, tem mais profundidade e significado”.

Tags:
Cinema
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