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Jogos Vorazes: uma luta entre o bem e o mal na qual nós também somos competidores

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Aleteia Brasil - publicado em 09/09/15

Uma comparação entre o filme e a realidade cristã

A humanidade trava a cada segundo uma luta com o mal. “Não é contra homens de carne e sangue que estamos lutamos, mas contra o príncipe deste mundo. Por isso, revesti-vos com a armadura de Cristo” (Ef 6, 12).

Vi recentemente um filme que não é recente: Jogos Vorazes. Há nele interessantes paralelos com a nossa realidade.

– No filme, jovens são escolhidos para lutar até a morte. Somente um vencerá.

Cultua-se o individualismo da sobrevivência do mais forte, enquanto o mais fraco deve perecer. Há inclusive alguns jovens “carreiristas”, que fazem daquilo a sua vida. No fundo, o filme não é tão diferente da realidade em que todos estamos inseridos: num mundo que não é o nosso e no qual só estamos de passagem, somos convidados a conhecer e amar a Deus e os nossos irmãos, mas o príncipe deste mundo não quer o nosso sucesso nesta batalha. Não quer que sejamos vencedores nos “jogos vorazes” da terra. Não quer que tenhamos direito ao céu e à vida eterna. Por quê? Porque ele próprio não tem mais esta possibilidade: para ele, por escolha dele, o destino é o frio eterno, solitário e escuro do desamor. A ele somente interessa ferir a Deus arruinando a vida dos homens, fazendo-os perder a alma.

– Cada competidor, no filme, deve estar vigilante o tempo todo: um vacilo de segundos pode resultar na morte.

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Não é assim também conosco? Quantas vezes Jesus nos disse “vigiai e orai”? Se soubéssemos quando o ladrão viria, estaríamos preparados; se as virgens soubessem quando o noivo iria chegar, não estariam sem óleo para a lamparina… Às vezes vemos pessoas que foram tão fervorosas na fé e, de repente, mudam, caem, não procuram mais a Deus. Por quê? Porque não souberam vigiar e orar.

– Aos competidores do filme, é concedido que tenham armas para se defender e atacar.

E a nós? Quais são nossas armas? A Bíblia, a oração, o louvor, o rosário, os sacramentos, os joelhos no chão. Mas também a inteligência, o intelecto, a razão, a ciência, a lógica, a nossa capacidade de análise crítica, a nossa abertura de mente para observar o mundo e a sua estrutura sem preconceitos, sem as ideologias dogmáticas que tentam negar o mistério que não podem entender. “A fé e a razão são as duas asas com que o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade” (São João Paulo II, encíclica Fides et Ratio).

– No filme, são enviadas contribuições aos participantes como forma de ajuda.

A personagem principal, com a perna machucada, recebeu um medicamento e um bilhete: “Passe e não morra”. Deus nos envia ajuda em todos os momentos. E essa ajuda não é “apenas” o anjo da guarda, a presença amorosa da sua Mãe Maria, a intercessão dos santos, a proximidade eterna d’Ele próprio, que não se cansa de nos consolar e perdoar. Não é “apenas” uma ajuda espiritual. É também a ajuda física, tangível, sensível, de todos os recursos bons e lícitos que Ele criou e colocou à nossa disposição neste mundo – e que, tolamente, usamos muitas vezes como armas contra nós mesmos.

– Alguns competidores do filme se ajudam entre si.

Quando a personagem principal foi picada por uma vespa que lhe causava alucinações e a deixou dois dias inconsciente, uma menina de 12 anos trocou duas vezes as folhas que a encobriam, para que ninguém a visse. Deus nos possibilita infindáveis oportunidades de apoio mútuo. Ele nos oferece inclusive a intercessão dos santos, pessoas que já venceram os “jogos vorazes” e que desejam profundamente nos ajudar. E não há idade que nos impeça de auxiliar o próximo: nunca seremos muito jovens ou muito velhos. Precisamos apenas ter amor uns pelos outros: o desejo de ajudar é inerente ao verdadeiro amor.

– No filme, há um homem mais poderoso entre os chefes dos jogos vorazes.

Seus capangas têm a missão de aniquilar os outros. Ele fica somente observando. Assim age, em parte, o demônio, com seus capangas vindo atrás dos homens sob a sua observação. Ele nos observa e nos estuda, conhece as nossas fraquezas e nos ataca com estratégias astutas. Sejamos fortes: em Cristo, já somos vencedores.

– No filme, os competidores têm uma dívida a pagar.

A nossa dívida, mesmo sem merecermos, foi quitada há mais de 2000 anos por ninguém menos que Jesus. Não nos deixemos enganar pelo demônio, contraindo novas dívidas pessoais. Em nome de Jesus Cristo fomos libertos; pelo seu precioso sangue fomos lavados. Cabe a nós ser sempre guerreiros valorosos e leais.

A Jesus Cristo seja dada toda honra e toda glória, hoje e para sempre!

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Texto escrito por Grazielle Aparecida Ramos Clemente, leitora de Aleteia a quem agradecemos pela generosa e rica contribuição!

Tags:
CinemaMal
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