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Papa Francisco recorda viagem aos EUA e Cuba

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Antoine Mekary

Vatican News - publicado em 30/09/15

Em catequese aos peregrinos em Roma, Papa falou sobre os temas da viagem, enfatizando a questão da família

A recente viagem a Cuba e aos Estados Unidos foi o tema da Audiência Geral de Francisco esta quarta-feira, o primeiro compromisso público do Papa de regresso ao Vaticano.

Na Praça S. Pedro, cerca de 30 mil fiéis acolheram calorosamente o Pontífice,  que os saudou a bordo do seu papamóvel antes de pronunciar a sua catequese. O Papa saudou também os doentes que acompanharam a Audiência na Sala Paulo VI através dos telões.

De modo especial, Francisco agradeceu aos Presidentes Raúl Castro e Barack Obama e ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pela recepção que lhe reservaram.

Cuba

Recordando a primeira etapa de sua 10ª viagem internacional, o Papa diz que se apresentou em Cuba como “Missionário da Misericórdia”. “A misericórdia de Deus é maior do que qualquer ferida, de qualquer conflito e de qualquer ideologia; e com este olhar de misericórdia, pude abraçar todo o povo cubano, dentro e fora da pátria.”

Com os cubanos, disse ainda Francisco, pude compartilhar a esperança do cumprimento da profecia de São João Paulo II: “Que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba”. “Não mais fechamentos, não mais exploração da pobreza, mas liberdade na dignidade”, pediu o Papa. Este é o caminho a seguir, acrescentou, buscando força nas raízes cristãs daquele povo que tanto sofreu. Símbolo desta unidade profunda da alma cubana é a Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira da Nação.

A passagem de Cuba aos Estados Unidos foi emblemática, disse o Papa, pela ponte que está sendo reconstruída. “Deus sempre quer construir pontes; somos nós que construímos muros. E os muros caem, sempre.”

Estados Unidos

Em Washington, citou a canonização do Fr. Junípero Serra. Em Nova Iorque, recordou a visita à sede central da Organização das Nações unidas e seu apelo por mais esforços para a proteção do meio ambiente e contra as violências sofridas em conflitos pela sociedade civil e pelas minorias étnicas e religiosas.

Francisco citou ainda a oração inter-religiosa pela paz no Memorial Ground Zero e a missa no Madison Square Garden.

Famílias

O ápice da viagem, disse ele, foi o Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, onde teve a oportunidade de reiterar que a família, fundada na aliança entre o homem e a mulher, é a resposta ao grande desafio do nosso mundo. Desafio que Francisco apontou em dois fenômenos: a fragmentação e a massificação – dois extremos que convivem e promovem o modelo econômico consumista.

“A família é a resposta porque é a célula de uma sociedade que equilibra a dimensão pessoal e aquela comunitária e que, ao mesmo tempo, pode ser o modelo de uma gestão sustentável dos bens e dos recursos da criação. A família é o sujeito protagonista de uma ecologia integral.”

Para Francisco, foi providencial que o Encontro tenha se realizado nos Estados Unidos, o país que no século passado alcançou o máximo do desenvolvimento econômico e tecnológico, sem renegar as suas raízes religiosas.

“Agora, essas mesmas raízes pedem para partir novamente da família para repensar e transformar o modelo de desenvolvimento, pelo bem de toda a família humana.”

(Rádio Vaticano)

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