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Obama lamenta massacre e defende controle de armas

<p>O presidente americano, Barack Obama, durante reunião com o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, em Washington, DC, no dia 20 de julho de 2015</p>

Agências de Notícias - publicado em 02/10/15

Tiroteio em universidade do Oregon deixa dez mortos; atirador foi abatido

Dez pessoas morreram e sete ficaram feridas em um tiroteio nesta quinta-feira em uma universidade do estado americano do Oregon, em mais um massacre com armas de fogo nos Estados Unidos, informaram as autoridades.

Segundo as redes de televisão CNN, CBS e NBC, as autoridades identificaram o atirador como Chris Harper Mercer, 26 anos, que não estudava na universidade Umpqua Community College, onde ocorreu o massacre.

Mercer foi morto pelos policiais no local do ataque.

De acordo com o xerife de Roseburg, John Hanlin, não há planos para a divulgação do nome das vítimas “nas próximas 24 ou 48 horas”.

Hanlin revelou que os agentes de segurança que atenderam aos primeiros chamados de ajuda “chegaram ao lugar e localizaram o agressor em um dos prédios. Houve troca de tiros e o suspeito foi abatido”.

O xerife disse não ter elementos para confirmar os boatos sobre os avisos que o atirador teria postado nas redes sociais desde quarta à noite. “Não ouvi comentários sobre isso”.

Segundo a rede americana CNN, vários feridos se encontrariam em estado grave, incluindo uma mulher que foi atingida no peito.

Obama lamenta massacre e defende controle de armas

O presidente americano, Barack Obama, declarou sua ira e tristeza com o massacre, e voltou a fazer um apelo inflamado por uma legislação para o controle de armas.

“De alguma forma isto virou rotina”, disse Obama na Casa Branca. “Realmente podemos fazer algo a respeito, mas teremos que mudar nossas leis. Não pode ser assim tão fácil para alguém que quer ferir outras pessoas conseguir uma arma”.

Visivelmente afetado, Obama lembrou que, “como já disse há um mês e tenho dito meses antes disso e também cada vez que isto acontece, nossos pensamentos e orações simplesmente não são suficientes. Isto não é suficiente”.

Nos Estados Unidos, disse, “há aproximadamente uma arma de fogo para cada homem, mulher e criança. Como é que alguém pode argumentar que mais armas nos deixam mais seguros?”.

Obama reiterou seu chamado ao Congresso para que aja diante da nova comoção nacional com o massacre e discuta algum tipo de legislação de controle de armas.

Na última década, mais americanos morreram vítimas de atos de violência armada do que em “atos de terrorismo, no entanto, temos um Congresso que explicitamente nos impede sequer de coletar informação sobre como podemos reduzir as mortes violentas”.

‘Todo mundo se conhece’

O bombeiro Ray Shoufler disse que 11 feridos foram retirados, mas dois não resistiram e morreram. Segundo ele, na instituição “havia vários feridos em muitas salas de aula” e, por isso, as equipes de emergência improvisaram uma unidade de atendimento de urgência para os casos mais graves.

Nessa pequena localidade rural, afirmou Shoufler, “praticamente todos nós temos parentes que estudam ali. É um cenário típico, no qual todo mundo conhece todo mundo”. Por isso, “uma coisa dessas afeta muita, muita, muita gente”, lamentou.

De acordo com relatos, o atirador agiu de forma bastante metódica, indo de uma sala para outra.

A polícia do condado de Douglas confirmou que o tiroteio ocorreu às 10h30 local (14h30 de Brasília).

Marilyn Kittelman, mãe de um dos alunos, relatou à imprensa que seu filho conseguiu se esconder em um anexo do prédio e lhe mandou uma mensagem por celular, contando o que estava acontecendo. De acordo com Marilyn, seu filho disse ter ouvido mais de 30 disparos.

Já Lorie Andrews, que mora perto da universidade, disse aos jornalistas ter ouvido disparos e chegou a pensar que fossem fogos de artifício. Tudo durou cerca de um minuto, completou ela, acrescentando que, depois, chegaram viaturas policiais e ambulâncias. Andrews contou que viu as equipes de socorro retirando um estudante banhado em sangue.

Triste realidade

Todos os estudantes que tentavam fugir do prédio eram revistados pela polícia, que também parou vários ônibus escolares. Além disso, agentes fortemente armados faziam uma batida em todas as instalações do complexo, incluindo os estacionamentos.

O campus universitário, onde estudam 3.000 pessoas, foi evacuado e fechado.

Tiroteios são muito comuns em escolas e universidades nos Estados Unidos. Um deles ocorreu em uma escola na Dakota do Sul, na quarta-feira, deixando um ferido, enquanto um outro, no início de setembro, em uma universidade em Sacramento, fez um morto e dois feridos.

Um jovem de 20 anos assassinou 26 pessoas, incluindo 20 crianças, na escola Sandy Hook em Newtown (Connecticut), em 14 de dezembro de 2012. Em 16 de abril de 2007, um estudante de 23 anos, de origem coreana, matou 32 pessoas antes de cometer suicídio no campus da universidade de Virginia Tech, Blacksburg (Virgínia). Este foi o pior massacre na história do país em tempos de paz.

(Com AFP)

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