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No Brasil, diretora da OMS diz que luta contra zika será ‘longa travessia’

<p>O Hospital Presbiteriano de Dallas, onde dois funcionários foram infectados com o vírus Ebola</p>

Agências de Notícias - publicado em 25/02/16

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, disse nesta terça-feira, em visita ao Brasil, que a luta contra o vírus da zika que desatou um alerta global será extensa e que novos casos são esperados.

“O vírus da zika é muito complicado, muito resistente, muito difícil, assim como o mosquito Aedes aegypti. Aprendemos com a dengue e os surtos de chikungunya no passado e devemos esperar que surjam mais casos, devemos esperar que seja uma longa travessia”, disse em Brasília após reunião com a presidente Dilma Rousseff e vários ministros.

Chan chamou o mosquito que transmite o vírus de “um inimigo formidável” e disse que nunca viu um governo e uma sociedade dar uma resposta tão rápida e de semelhante escala como a do Brasil.

O país tornou-se o centro global de uma epidemia que os especialistas relacionam ao aumento dos casos de microcefalia em bebês cujas mães teriam contraído zika durante a gravidez.

A menos de seis meses dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o governo aposta no clima relativamente mais frio em agosto e a pulverização maciça para afastar os receios levantados pela epidemia.

“O governo está trabalhando em conjunto com o movimento olímpico internacional, com o comitê organizador local e é apoiado pela OMS e a Organização Pan-Americana da Saúde para garantir que temos um plano muito bom para conter o mosquito vetor”, disse Chan depois uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília.

Nós “devemos garantir que as pessoas que venham para os Jogos, como turista, participante ou atleta tenham a máxima proteção que precisam. Estou confiante de que o governo vai conseguir fazer isso”, acrescentou.

O surto desta virose pouco conhecida e sua relação potencial com uma doença que tem consequências irreversíveis no cérebro tem mobilizado a comunidade científica internacional, mas uma vacina não estaria pronto em menos de três anos.

O Brasil confirmou 583 casos de bebês com microcefalia desde outubro, contra uma média anual de 150, e investiga outros 4.107 bebês com um crânio menor que o normal, segundo dados do ministério da Saúde divulgados nesta terça.

Cerca de 97% dos casos se concentram na região Nordeste. Neste mês, mais de 220.000 militares foram às ruas informar a população sobre como combater os mosquitos e a aplicar larvicidas.

(AFP)

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