O número de combatentes estrangeiros que entram na Síria e no Iraque caiu fortemente no último ano – afirmou o general americano Peter Gersten.
Ele explicou aos jornalistas no Pentágono que, quando chegou a Bagdá há cerca de um ano, entre 1.500 e 2.000 combatentes estrangeiros se uniam a cada mês ao grupo Estado Islâmico (EI).
“Agora, depois de combater este inimigo durante um ano, nossas estimativas caíram para 200 por mês, e vemos, inclusive, um aumento das deserções desses combatentes”, declarou Gersten.
Gersten disse ainda que as Forças Armadas americanas lançam ciberataques contra o EI, no momento em que o Pentágono procura maneiras de acelerar a luta contra os extremistas.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos tem bombardeado combatentes do EI no Iraque e na Síria desde agosto de 2014. Já há algum tempo oficiais americanos defendem a importância de usar técnicas cibernéticas, como sobrecarregar as redes do EI, para limitar as comunicações do grupo e sua capacidade de alcançar novos potenciais recrutas.
“Agora começamos a usar nossas extraordinárias capacidades virtuais nessa luta contra o Daesh (acrônimo do EI em árabe)”, disse Gersten, referindo-se apenas a um esforço “altamente coordenado”, que tem sido “bastante efetivo”.
Ele relatou que, antes de um ataque a um depósito em 5 de abril em Mossul (norte do Iraque), chegou a informação de que uma mulher, crianças e outros “não combatentes” também estavam no imóvel.
Decidiu-se, então, alertar os ocupantes, explodindo um míssil Hellfire perto do telhado, para que “ela e as crianças saíssem”.
“Depois, seguimos com nossas operações”, relatou.
“Embora tenhamos tentado fazer exatamente o que queríamos fazer e minimizar as vítimas civis com os disparos, ela de fato voltou ao edifício” e morreu, admitiu.
Na segunda-feira, pelo menos sete pessoas morreram em um atentado suicida contra um mercado de Bagdá. A autoria do ataque foi reivindicada pelo EI.
O presidente Barack Obama classificou o EI como “a ameaça mais urgente” para a comunidade internacional e anunciou o envio de 250 soldados adicionais à Síria para combatê-lo.
O EI controla vastos territórios no Iraque desde 2014, apesar de alguns setores terem sido recuperados pelas Forças Armadas iraquianas apoiadas pelos ataques aéreos da coalizão internacional.
(AFP)