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Kerry tenta evitar banho de sangue em Aleppo

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Agências de Notícias - publicado em 02/05/16

A cidade síria de Aleppo foi alvo de novos ataques aéreos na manhã desta segunda-feira, ao mesmo tempo em que o secretário de Estado americano, John Kerry, permanecia em Genebra para tentar acabar com o banho de sangue e restabelecer a trégua.

Mais de 250 civis, incluindo 50 crianças, morreram desde a retomada dos combates em Aleppo (norte) em 22 de abril, a maioria em bombardeios do regime sírio de Bashar al-Assad, em violação à trégua que entrou em vigor no dia 27 de fevereiro.

Após um dia relativamente tranquilo no domingo nos bairros da zona leste de Aleppo, controlados pelos insurgentes, os ataques foram retomados depois da meia-noite, segundo um correspondente da AFP. Vários bairros, incluindo o muito populoso Bustan al-Qasr, foram atingidos.

“O que acontece em Aleppo é uma vergonha. É uma violação humanitária, um crime”, afirmou nesta segunda-feira o ministro saudita das Relações Exteriores, Adel Al Jubeir, antes de uma reunião em Genebra com John Kerry.

Também acusou o regime sírio de violar “todos os acordos” que sustentam o processo de paz.

Kerry viajou a Genebra no domingo para encontros com ministros árabes e o enviado de paz da ONU, Staffan de Mistura, em uma tentativa urgente de acabar com a violência e restabelecer o cessar-fogo, continuamente violado nos últimos dias.

Na terça-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, receberá em Moscou o enviado da ONU.

Moscou e Washington são os mediadores do processo de paz na Síria. Para Staffan de Mistura, caso as duas potências não cheguem a um acordo, dificilmente serão registrados avanços.

A Rússia, país aliado do regime de Assad, anunciou no domingo negociações para tentar interromper os combates na província de Aleppo, após os apelos do governo dos Estados Unidos pelo fim dos bombardeios na cidade, parcialmente controlada pelos rebeldes.

Kerry explicou que Washington solicitaria aos rebeldes moderados um distanciamento em Aleppo da Frente Al-Nosra, maior grupo jihadista na Síria depois do Estado Islâmico (EI).

Moscou e o regime sírio justificam a ofensiva contra Aleppo pela presença da Frente Al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda que não assinou a trégua em 27 de fevereiro.

“Estamos conversando diretamente com os russos, inclusive agora”, disse Kerry ao desembarcar em Genebra, após uma semana em que Moscou insistiu que não solicitaria ao regime o fim dos bombardeios contra Aleppo, alegando que esta é uma “luta contra a ameaça terrorista”.

O principal problema atual para restabelecer a trégua é a situação em Aleppo, a grande cidade do norte do país dividida entre setores rebeldes e governamentais, cenário de bombardeios incessantes .

O conflito sírio deixou mais de 270.000 mortos desde 2011.

(AFP)

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