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Um restaurante italiano pelo qual vale ir para a cadeia

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Daniel R. Esparza - publicado em 06/05/16

InGalera procura devolver a dignidade da população carcerária

Para conseguir um emprego neste restaurante, quer como garçom ou ajudante de cozinha, tem que atender um requisito indispensável: ser um dos 1.100 detentos que cumprem pena na prisão de Bollate, uma prisão modelo de Milão, onde, desde outubro do ano passado, funciona InGalera, “o restaurante de uma prisão com mais estrelas na Itália”, como indica seu slogan promocional.

O chef Ivan Manzo, um dos coordenadores do projeto

Ivan Manzo, o chef do restaurante, junto com Silvia Polleri, a presidente da cooperativa que dirige o projeto, explicam as razões que motivaram a abertura do InGalera: “nosso desejo é que (os condenados) retornem à sociedade com a dignidade que quem respeita as regras. As recaídas no crime diminuem quando a prisão favorece formação profissional e ocupação de trabalho real”. De fato, os funcionários do InGalera ganham entre 800 e 1.000 euros por mês com os quais, de acordo com seus próprios testemunhos, não somente melhoram suas condições de vida imediata, mas também conseguem ajudar suas famílias, até mesmo pagar passagens para irem visitá-los.

De acordo com os números da prisão Bollate, menos de 20% de seus ex-detentos voltam ao crime

O restaurante também tem um valor adicional: não somente permite que os condenados tenham um emprego decente que os capacita a conseguir emprego quanto retornarem à sociedade, além de ter contato diário com os clientes que visitam a prisão, também permite aos clientes que frequentam o InGalera superar os preconceitos pela população carcerária.

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