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Mais de 25% dos muçulmanos da França são rigoristas, segundo pesquisa

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Agências de Notícias - publicado em 18/09/16

Mais de 25% dos muçulmanos da França são rigoristas e afirmam viver “à margem da sociedade”, enquanto um grupo majoritário de quase 50% compartilha dos valores laicos da República francesa, segundo uma pesquisa divulgada neste domingo.

O estudo do instituto Ifop, realizado a pedido do Instituto Montaigne, um “think tank” de tendência liberal, é publicado a poucos meses das presidenciais de 2017 e em um contexto de debate sobre o papel do islã no país desde a onda de atentados que começou em 2015.

Para medir o nível de religiosidade dos muçulmanos na França, o instituto estabeleceu categorias levando em conta se usam ou não o véu islâmico, se comem ‘halal’ e qual é sua relação com o laicismo.

O Ifop conclui que existem três perfis. O primeiro é o de uma “maioria silenciosa” de muçulmanos (46%), que estão “ou completamente secularizados, ou terminando de se integrar”. Tratam-se de pessoas que geralmente são praticantes, mas que não têm “nenhum conflito importante com as normas da sociedade francesa”.

O segundo grupo, que representa 25%, é mais religioso e se identifica com o islã, mas rejeita o véu integral (burca) e a poligamia.

O terceiro grupo, que o estudo avalia em 28%, é formado por fiéis “que adotaram um sistema de valores claramente oposto aos da República”, e que afirmam viver “à margem da sociedade”. Dentro deste grupo, 50% são jovens de menos de 25 anos.

Por outra parte, 70% dos muçulmanos entrevistados, sejam ou não religiosos, afirmam consumir carne ‘halal’.

Além disso, 65% dos muçulmanos (por tradição ou por prática religiosa”, se manifestam a favor do véu (24% deles ao véu integral), e 60% acreditam que deveria ser permitido usar véu nas escolas e institutos, apesar de ser proibido pela lei.

A pesquisa foi realizada por telefone entre 13 de abril e 23 de maio deste ano, sobre uma amostra de 1.029 pessoas de religião ou de tradição muçulmana (das quais 874 se declararam muçulmanas), selecionadas entre 15.459 pessoas de 15 anos ou mais que vivem nas zonas urbanas.

(AFP)

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