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A tentação da realidade virtual: o entretenimento nunca mais será o mesmo

Internet and multimedia sharing concept. Illustrated with movies, song, people, images, picture and application flying in high speed movement from a laptop screen

© nmedia / Shutterstock

Philip Kosloski - publicado em 16/01/17

O que é realidade virtual e por que todo mundo está falando sobre isso?

O futuro dos games e do entretenimento é agora. O que costumava ser restrito a simuladores de voo e exercícios de treinamento militar, agora, está se tornando comum e se transformando em uma incipiente indústria multimilionária.

A realidade virtual (VR, em inglês) está disponível para o consumidor médio e todas as grandes empresas de tecnologia estão despejando dinheiro nesta área promissora do entretenimento. Alguns chamaram 2017 de “o ano da realidade virtual”, uma vez que a tecnologia, finalmente, alcançou os sonhos dos desenvolvedores e o custo para criar dispositivos VR diminuiu, tornando a compra mais fácil para o consumidor final.

Mas, o que é “realidade virtual” e por que todo mundo está falando nisso?

Uma breve história sobrea a realidade virtual

Vários tipos de VR existem desde a década de 1930, começando com o famoso “View-Master”, que consistia em um visor de plástico acompanhado de um disco de papelão circular que continha pequenas fotografias coloridas de filme, com uma pequena alavanca no lado. Após o desenvolvimento e lançamento do computador, da década de 1950 até a década de 1980 os desenvolvedores começaram a testar tecnologias para criar tipos mais imersivos de dispositivos.

Os simuladores tornaram-se amplamente utilizados nas décadas de 1980 e 1990 e começaram a aparecer em salas de jogos, provando ser um modo popular de entretenimento para crianças e adultos. No entanto, na época, os gráficos eram claramente granulados e a experiência estava longe de ser realista.

Depois, a partir da virada do novo milênio, as empresas começaram, cada vez mais, a mudar o seu foco para a VR. Em 2013, os Óculus Rift, um fone de ouvido VR altamente imersivo, foram inventados e produzidos através de uma campanha no Kickstarter [uma plataforma de financiamento coletivo] que arrecadou US $ 2,5 milhões. Isso chamou a atenção do mundo da tecnologia e o Facebook, em 2014, comprou os Óculus Rift por US $ 2 bilhões.

Outras empresas, como PlayStation, Microsoft, HTC e Google seguiram o exemplo e, rapidamente, começaram a desenvolver suas próprias versões, a fim de capitalizar sobre o que eles acreditavam que poderia ser um novo mercado lucrativo.

Como é a realidade virtual?

A realidade virtual evoluiu muito desde o “View-Master”, na década de 1930, e pode ser tão realista que o corpo humano pode ser enganado para acreditar que você está andando em uma montanha russa, nadando no mar ou bem no meio de uma batalha.

John Pullen, da Time Magazine, testou recentemente um dispositivo VR e falou sobre suas experiências:

“Minha experiência de VR me levou a um lugar que eu nunca imaginei que fosse visitar: O convés de um naufrágio. Uma experiência no HTC Vive com fones de ouvido da Wevr, theBlu: Encounter [ver vídeo abaixo] teletransporta as pessoas para as profundezas do oceano. Lá, nada uma baleia animada por computador, aparentemente das mesmas medidas que uma verdadeira. É uma batida rápida em um ambiente simples, mas uma agitação. A baleia olhou-me nos olhos e pareceu dar um ligeiro sorriso. Eu não pude evitar de sorrir de volta. Foi um momento bonito, mas solitário. Mais do que qualquer outra coisa, eu desejava que minha esposa pudesse ter estado lá para compartilhar a experiência submarina comigo. Eu queria que ela conhecesse essa beleza impressionante. Eu também queria que ela abandonasse um mundo cheio de hipotecas, fraldas e compras de supermercado, mesmo que apenas por um minuto.”

Como com qualquer outra tecnologia, algumas experiências VR são melhores, mas a tecnologia está claramente aí e só vai melhorar ao longo do tempo. As empresas já estão desenvolvendo luvas VR e outros dispositivos sensoriais para melhorar a experiência, tornando-a quase incrivelmente real, capaz de interagir com um ambiente virtual como nunca visto antes.

No entanto, como com qualquer avanço tecnológico, temos de fazer a pergunta: “Só porque podemos, devemos?” Nas próximas semanas, Aleteia examinará a VR com um olhar crítico e discutirá os aspectos positivos e negativos dessa indústria em crescimento que irá dar forma ao futuro do entretenimento.

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