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Se o peregrino não pode ir à Roma, Roma vai ao peregrino

Pope Francis leads a Holy Mass, October 09, 2016

© Antoine Mekary / ALETEIA

Pope Francis leads a mass For the Marian Jubilee in Saint Peter's Square at the Vatican on October 09, 2016. © Antoine Mekary / ALETEIA

Daniel R. Esparza - publicado em 12/02/17

Um passeio muito especial pela Basílica Papal de São Pedro

Erguida, segundo a tradição, sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, a construção da atual Basílica Papal começou no século XVI, seguindo o desenho de quatro gênios renascentistas e barrocos: Donato Bramante, Michelangelo Buonarrotti, Carlo Maderno e Gian Lorenzo Bernini.

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Antes que esta magnífica basílica – o mais notável exemplo da arquitetura renascentista, e uma das maiores igrejas do mundo inteiro – fosse erguida encontrava-se a antiga basílica, construída no século IV durante o reinado do imperador Constantino.

Após a crucificação de Jesus, o livro Atos dos Apóstolos conta como Pedro, depois de ter exercido o seu ministério por cerca de trinta anos, tendo vivido na Turquia e em outras regiões do Mediterrâneo, finalmente viajou para Roma. Em 64, durante o reinado de Nero, os cristãos foram acusados de ter causado o grande incêndio de Roma, iniciando uma perseguição em que, juntamente com muitos outros, Pedro foi martirizado.

Pedro foi condenado à morte por crucificação, mas se considerava indigno de morrer da mesma forma que Cristo, de modo que foi crucificado de cabeça para baixo. Na verdade, até hoje, a cruz invertida é chamada de “Cruz de São Pedro”, em memória ao gesto de humildade do apóstolo, mesmo no momento da sua morte.

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Pedro foi crucificado perto do obelisco egípcio que se encontrava em uma das extremidades do chamado Circo de Nero. O obelisco tinha sido trazido de Heliópolis, no Egito, por ordem de Calígula em 37 d.C. É precisamente o obelisco que se encontra hoje no centro da Praça de São Pedro, e é considerado uma “testemunha” da morte do apóstolo. Esta é a razão pela qual o obelisco está no meio da praça.

A tradição assegura que os restos mortais de Pedro foram enterrados fora do Circo de Nero, precisamente na Colina Vaticana, avançando ao longo da Via Cornélia, a aproximadamente 150 metros do local de seu martírio. Desde o início, os cristãos visitavam discretamente o túmulo de Pedro, identificado apenas por uma grande pedra vermelha, simbolizando o nome de Pedro (a “pedra” sobre a qual está construída a Igreja) e seu sangue derramado no martírio. Assim, o lugar podia ser reconhecido pelos cristãos que passavam por lá e permaneceram escondidos das autoridades romanas, evitando a retaliação e maiores perseguições. Anos mais tarde, foi construído no local o primeiro templo, e depois, no ano 300, a que conhecemos hoje como a “Antiga Basílica” (se você quiser saber como ela era, basta clicar aqui).

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