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Governo do Sudão do Sul declara fome em várias zonas do país

Hunger in the world – pt

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Agências de Notícias - publicado em 20/02/17

A classificação da fome corresponde a uma escala reconhecida internacionalmente na qual uma falta extrema de alimentos comporta a inanição e a morte

O governo do Sudão do Sul declarou nesta segunda-feira em situação de fome várias zonas do país, onde cinco milhões de pessoas, a metade da população, passa fome.

Algumas zonas do estado de Unidade, no norte do país, estão em situação de “fome ou risco de fome” provocada pela guerra que atinge o Sudão do Sul há mais de três anos, declarou Isaiah Chol Aruai, presidente do Escritório Nacional de Estatísticas do Sudão do Sul.

“A convergência de provas mostra que os efeitos no longo prazo do conflito, junto com os altos preços dos alimentos, a crise econômica, a baixa produção agrária e as poucas opções de subsistência” resultaram em 4,9 milhões de pessoas afetadas pela fome, disse.

A classificação da fome corresponde a uma escala reconhecida internacionalmente na qual uma falta extrema de alimentos comporta a inanição e a morte.

“A principal tragédia do relatório apresentado hoje (…) é que se trata de um problema provocado pelo homem”, denunciou Eugene Owusu, coordenador humanitário das Nações Unidas para o Sudão do Sul.

Owusu afirmou que o conflito e a insegurança vivida pelos trabalhadores humanitários, que foram atacados durante o exercício de sua profissão, assim como o saque de “bens humanitários” agravaram a crise.

“Gostaria de aproveitar esta ocasião para convocar o governo, as partes beligerantes e todos os atores a apoiar os trabalhadores humanitários a fornecer o acesso necessário e que sigam fazendo nossos serviços de socorro chegarem às pessoas necessitadas”, declarou.

A guerra no Sudão do Sul, rico em petróleo, explodiu em 2013, dois anos após sua independência, depois que o presidente Salva Kiir acusou seu ex-deputado Riek Mashar de planejar um golpe de Estado.

O acordo de paz assinado em agosto de 2015, que facilitou a formação de um governo de unidade, foi por água abaixo devido aos combates que explodiram em Juba em julho do ano passado.

(AFP)

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