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Estado Islâmico reivindica ataque ao hospital de Cabul

<p>Moradores observam ônibus, alvejado por atirador enquanto carregava funcionários de um hospital militar, em 15 de junho de 2014, em Adem, no Iêmen.</p>

Agências de Notícias - publicado em 08/03/17

"Rezem por nós", escreveu um médico no Facebook

O ataque contra o maior hospital militar do Afeganistão em Cabul terminou depois de seis horas de troca de tiros, indicaram nesta quarta-feira várias fontes das forças de segurança à AFP.

“O ataque terminou e todos os criminosos foram abatidos”, informou à AFP Sediq Sediqqi, porta-voz do ministério do Interior.

O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque.

“Um homem-bomba detonou explosivos diante do hospital militar. Vários criminosos entraram em seguida no edifício e continuam no local”, afirmou mais cedo à AFP uma fonte militar que pediu anonimato.

Os criminosos, com uniformes da equipe médica, entraram no hospital e atiraram à queima-roupa, afirmaram testemunhas.

“Estava trocando de quarto quando vi um homem com roupa de médico e que atirava com um fuzil AK-47 contra os guardas e os pacientes no terceiro andar. Consegui escapar, mas um amigo ficou ferido”, declarou à AFP o enfermeiro Abdul Qadeer.

“Estamos levando os pacientes para áreas seguras”, disse à AFP Abdul Hakim, um dos diretores do centro médico.

“O hospital Sardar Daud Khan está sendo atacado. Sabemos que vários criminosos vestidos com uniformes médicos entraram no local”, afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, o general Daulat Waziri.

“Enviamos reforços”, completou o porta-voz, que citou “vítimas” no local.

Os primeiros tiros e uma explosão foram ouvidos às 9H10 locais (1H40 de Brasília). Uma hora e meia depois o ataque prosseguia.

Às 10h35 e 10H45 novas explosões foram registradas.

“Estava preparando meus pacientes para uma cirurgia quando vi três homens armados vestidos como médicos”, contou um médico a um canal de televisão.

“Atiraram na minha direção, mas consegui escapar. Os criminosos estão no hospital, tentamos controlar a situação”, completou.

“Rezem por nós”, escreveu outro médico no Facebook.

O hospital atende tanto os integrantes das forças de segurança como os insurgentes.

O primeiro-ministro Abdullah Abdullah citou “várias vítimas”, sem revelar detalhes.

O ataque acontece uma semana depois dos atentados suicidas de 1º de março contra duas sedes das forças de segurança de Cabul – da polícia e do Serviço de Inteligência (NDS) -, que deixaram 16 mortos e mais de 100 feridos.

A ação da semana passada foi reivindicada pelos talibãs.

(AFP)

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Estado IslâmicoGuerraMundoTerrorismo
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