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17 chaves para salvar o mundo

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Miriam Diez Bosch - publicado em 17/03/17

Você pode fazer mais do que você pensa...

São 17 objetivos e são a garantia para conseguir conservar o planeta e melhorar a vida da humanidade. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável soam a utopia, mas não são. Trata-se de chaves para garantir nossa sobrevivência e a do nosso planeta. Está somente nas mãos dos governos? Como contribuir para que sejam cumpridas? Você pode fazer algo, mesmo que pareça que não.

Corria o ano 2000, quando a Organização das Nações Unidas expôs sérios deveres que a humanidade deveria cumprir durante os quinze anos seguintes: os chamados Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Naquela época, a organização internacional colocou sobre a mesa oito questões-chave para reduzir a desigualdade no mundo:

  • Acabar com a fome e a miséria
  • Oferecer educação básica de qualidade para todos
  • Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
  • Reduzir a mortalidade infantil
  • Melhorar a saúde das gestantes
  • Combater a Aids, a malária e outras doenças
  • Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
  • Estabelecer parcerias para o desenvolvimento

Em 2015, Ban Ki-Moon, o então secretário-geral da ONU, os classificou como “o maior impulso anti-pobreza da história”. No entanto, em setembro desse mesmo ano, foi feito um balanço. Segundo Xavier Longan, do Gabinete da Campanha do Milênio das Nações Unidas em Barcelona, “estamos em um contexto desigual: de um lado foram alcançados dois ou três Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como a erradicação da pobreza pela metade, bem como os avanços no acesso à água potável ou os índices de mortalidade materna. Por outro lado outros objetivos ficaram estagnados, não progrediram e outros regrediram”.

A revisão abriu um novo capítulo, os atuais objetivos, também com data de vencimento: 2030. De 8 objetivos passaram para 17, e segundo Longan com uma diferença clara, “os ODM eram uma agenda para os países em desenvolvimento, enquanto os países ricos ajudavam os primeiros a atingirem os objetivos. A nova agenda é responsabilidade de todos”.

Neste sentido, Longan destaca o papel decisivo dos governos, “a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) depende de suas decisões, sua vontade política e as políticas que impulsionam a alcança-los”, mas afirma “terão mais protagonismo outros atores como a sociedade civil, governos locais ou o setor privado”.

Os governos com políticas, a cidadania com ações concretas, boas práticas e reivindicações. “Trata-se de estabelecer as bases de um processo que serve para aprender coletivamente como podemos fazer melhor, como podemos fazer isso mais rápido, e quais são os elementos que ajudam a acelerar estes processos de mudança”, explica Teresa Ribera, ex-secretária de Estado de Mudança Climática entre 2004 e 2008.

Como explica o jornal El País, Federico Mayor Zaragoza, membro do European Center for Peace and Development e ex-diretor Geral da UNESCO, a chave para o mundo é compartilhar e cooperar, e salienta que “os Governos devem ter em mente que se não se comprometem com isso as pessoas vão retirar o seu apoio, porque estamos indo em direção a uma democracia autêntica, não absoluta”.

A tecnologia, a nosso serviço

As soluções móveis e os vários dispositivos tecnológicos são ferramentas que contribuem para o cumprimento destes objetivos. Na verdade, nos países emergentes, foi detectado níveis muito elevados de utilização de aplicações e projetos tecnológicos relacionados com a saúde (mHealth), a educação (mLearning), a agricultura (mAgriculture), os serviços bancários (mBanking) etc.

Segundo Longan, há exemplos de progressos muito significativos na África, onde tem havido um crescimento exponencial da tecnologia móvel nos últimos anos. “Isso tem contribuído não apenas no desenvolvimento, mas também tem facilitado a interação entre os cidadãos, os responsáveis políticos e as instituições, para traduzir mais diretamente as necessidades das pessoas”. Algumas das iniciativas mais conhecidas são Zero Mothers Die (saúde materna), Worldreader (educação), She leads Africa (empoderamento feminino), Ushaidi (cidadania) ou mPesa (finanças).

Na verdade, o Mobile World Congress 2017, realizado em Barcelona durante a última semana, destacou os ODSs e convidou os participantes a descobrir como a indústria móvel pode contribuir para o seu cumprimento. Deste modo, se tem promovido o compromisso dos participantes com diferentes objetivos e se tem instalado informações sobre eles no local vinculado a um aplicativo.

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