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Combates ‘casa por casa’ em Mossul para expulsar EI

<p>Um combatente curdo iraquiano (peshmerga) atira em militantes do Estado Islâmico, do topo do monte Zardak, ao leste de Mossul, em 9 de setembro de 2014</p>

Agências de Notícias - publicado em 19/03/17

As forças iraquianas afirmaram neste sábado que comandavam combates em Mossul “casa por casa” para expulsar o grupo Estado Islâmico (EI) da Cidade Velha, onde o chefe dos extremistas, Abu Bakr al-Baghdadi, fez sua única aparição pública em 2014.

A Cidade Velha, localizada no centro e às margens do rio Tigre, é um objetivo-chave na batalha por Mossul, último grande reduto do EI no Iraque.

Neste local encontra-se a mesquita Al-Nuri, de onde Al-Baghdadi falou em julho de 2014 a todos os muçulmanos que deveria ser “obedecido”, dias depois de proclamar seu “califado” nos territórios conquistados na Síria e no Iraque.

“Nossas forças estão a 800 metros da mesquita”, declarou o capitão Firas el-Zuweidi, um dos responsáveis da imprensa da Força de Intervenção Rápida, do Ministério do Interior, e considerada decisiva na guerra contra o EI.

Mas “nos vimos diante de dificuldades: o mau tempo, as ruas muito estreitas para nossos veículos militares que não podem entrar”, acrescentou, explicando a complexidade das operações nesta área densamente povoada.

“Os combates ocorrem rua por rua, casa por casa”, resumiu, enquanto eram ouvidos os disparos.

A Cidade Velha constitui claramente uma das “fases mais delicadas” da batalha para as forças anti-extremistas, obrigadas a avançar com prudência para evitar “perdas significativas entre os civis”, explicou à AFP a analista Emily Anagnostos, do Institute for the Study of War, em Washington.

“A polícia federal e a Força de Intervenção Rápida realizaram um ataque surpresa e cercaram as células do Daesh (acrônimo árabe do EI) na Cidade Velha, matando 13 deles com granadas”, explicou.

Retirada de civis

Há cinco meses, em 17 de outubro, as autoridades iraquianas lançaram uma grande operação para reconquistar Mossul, segunda cidade do país, com o apoio da coalizão internacional comandada pelos Estados Unidos.

Após retomar os bairros da parte leste no fim de janeiro, as tropas de Bagdá realizaram em 19 de fevereiro uma operação para se apoderar do oeste e reconquistar bairros e edifícios importantes, como a sede do governo da província de Nínive e a estação de trens.

A queda de Mossul, último grande reduto do EI no país, seria um duro golpe para a organização extremista, que se instalou na cidade em 2014.

Em termos humanitários, “a polícia federal retirou” civis que estavam próximos à Cidade Velha, disse o tenente-general Jawdat.

Mais de 150.000 pessoas fugiram do oeste de Mossul e de seus arredores há um mês, quando começou a ofensiva das forças iraquianas.

(AFP)

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