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Por que laços de sapato se desfazem? Cientistas têm a resposta

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Rattiya Lamrod/Shutterstock

Agências de Notícias - publicado em 14/04/17

Um mistério antigo foi resolvido com experimentos que revelaram como os laços de sapatos se desfazem quando estamos em movimento – disseram cientistas nesta quarta-feira (12).

“A falha do nó acontece em questão de segundos, muitas vezes sem aviso, e é catastrófica”, relataram cientistas na revista Proceedings of the Royal Society A.

Os pesquisadores usaram a expressão “catastrófica” em um sentido técnico de colapso total: uma vez que o afrouxamento do nó começa, não há como detê-lo.

Milhões de cadarços desamarram todos os dias, mas a mecânica desse processo nunca havia sido examinada minuciosamente.

Para resolver o enigma, um trio de engenheiros mecânicos da Universidade da Califórnia em Berkeley filmou um nó – no sapato de um pesquisador correndo em uma esteira – se desfazendo em câmera lenta.

As imagens sugeriram um ataque duplo à integridade do nó.

“Ao correr, seu pé atinge o solo com uma força sete vezes maior do que a da gravidade”, disse a estudante de Pós-Graduação e coautora do estudo Christine Gregg.

O nó afrouxa em resposta a essa força, e as pernas em movimento aplicam uma força adicional nas extremidades dos cordões.

“Um duplo golpe de forças, de pisar forte e chicotear, atua como uma mão invisível, soltando o nó e, em seguida, puxando as pontas livres dos cadarços até que a coisa toda se desfaz”, explicaram os pesquisadores em um comunicado.

Testes de seguimento com uma perna mecânica mostraram que alguns laços eram melhores do que outros, mas nenhum era imune a falhas.

Dos dois nós mais usados para amarrar sapatos, um é “fraco” e o outro “forte”, revelou o estudo.

A versão forte é baseada em um nó quadrado, que é mais simétrico, enquanto o chamado nó “falso” torce quando é apertado, em vez de ficar assentado.

Ambos falham da mesma maneira, mas um demora mais do que o outro.

“Nós pudemos mostrar que o nó fraco falhará sempre, e o nó forte falhará em uma determinada escala de tempo”, disse o professor Oliver O-Reilly, cujo laboratório dirigiu os experimentos.

“Mas ainda não entendemos por que existe uma diferença mecânica fundamental” entre eles – acrescentou, lançando outro mistério a ser resolvido.

(AFP)

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