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Ele era terrorista jihadista e agora dirige um grupo de oração

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ACI Digital - publicado em 20/04/17

Um forte testemunho de conversão

Bashir Mohamed é um homem sírio que foi doutrinado por extremistas e pertenceu à Frente jihadista Al Nusra, associada aos terroristas de Al Qaeda. Entretanto, uma intensa experiência de cura graças à oração fez com que se convertesse ao cristianismo.

Atualmente Mohamed tem 25 anos, vive em Istambul, Turquia, com a sua esposa Hevin Rashid, e organiza reuniões de oração em sua casa, onde participam outros muçulmanos, que assim como ele se converteram ao cristianismo.

Mohamed nasceu na cidade de Afrin, na região curda da Síria, em uma família muçulmana. Quando tinha 15 anos, o seu primo Ahmad o levou às pregações jihadistas e se uniu em um dos grupos mais extremistas do Islã.

Ao começar a guerra civil na Síria em 2011, Mohamed se uniu às forças curdas que lutavam pela sua autonomia, pois não têm um território próprio.

O jovem ficou horrorizado diante das matanças que ocorriam nas batalhas, mas, paradoxalmente estas revitalizaram o seu interesse pelos ensinamentos extremistas que aprendeu na sua adolescência.

“Quando vi todos esses cadáveres, comecei a acreditar em tudo o que as leituras ensinavam. Fizeram-me procurar a grandeza da religião”, contou a The New York Times.

Em 2012, desertou com um amigo das forças curdas para se unir à Frente Al Nusra. Este grupo procura derrubar o governo de Bashar al Assad na Síria e criar um Estado islâmico extremista.

Como membro da Frente Al Nusra, Mohamed continuou testemunhando matanças cruéis. Entre outras coisas, descreveu que os jihadistas executavam os prisioneiros com grande crueldade como quando esmagavam com escavadoras.

Mohamed explicou que a propaganda dos extremistas fazia ver a violência como algo tolerável. “Diziam-nos que essas pessoas eram os inimigos de Deus e eu via positivamente as execuções”.

Em 2013, retornou por um breve período à sua cidade e, quando esteve de volta ao campo de batalha, começou a questionar os objetivos da Frente Al Nusra.

Em uma ocasião, viu que as tropas do governo sírio também executavam seus prisioneiros com escavadoras. Então, pensou que não havia muita diferença entre ambos os lados.

Desiludido, abandonou a Frente Al Nusra e voltou novamente a Afrin. “Fui a Al Nusra em minha busca por Deus. Mas, depois de ver muçulmanos assassinando  muçulmanos, me dei conta de que algo estava errado”, manifestou.

Um ano depois, Mohamed fugiu da Síria com sua esposa para a Turquia. Já instalados em Istambul, Mohamed continuou sendo muçulmano. Rezava tão alto que seus vizinhos se queixavam e queria que sua esposa andasse sempre coberta pelas ruas.

No começo de 2015, Hevin ficou gravemente doente. Mohamed recorda que telefonou para seu primo Ahmad, que nessa época já residia no Canadá, para lhe contar sua situação e se deparou com a surpresa de que a pessoa que tinha o introduzido no mundo dos extremistas havia se convertido ao cristianismo.

Ahmad pediu a Mohamed que colocasse seu telefone perto de sua esposa para que seu grupo pudesse cantar e orar pela saúde dela. Inicialmente, Mohamde recusou a ideia, porque considerava o cristianismo como uma religião repugnante, mas cedes, pois estava desesperado.

Dias depois do telefone, a saúde de Hevin começou a melhorar e seu esposo atribuiu esta mudança à oração de seu primo.

Então, decidiu pedir que lhe apresentasse um líder cristão para poder aprender sobre a fé cristã. Entrou em contato com Eimad Brim, um missionário evangélico de um grupo chamado O Bom Pastor, que tinha sua sede na Jordânia.

Mohamed contou que quando ele começou a ler a Bíblia percebeu que tinha mais paz do que quando lia o Corão. Ele se sentia mais acolhido nas igrejas do que nas mesquitas e percebeu que as orações cristãs eram mais generosas do que as muçulmanas.

Tanto ele como a sua esposa começaram a sonhar com a sua conversão e a sentir-se amados por Deus, segundo relatou Hevin a The New York Times.

Quando se converteram, eram conscientes deque poderiam sofrer perseguição. Entretanto, expressou Mohamed: “Eu confio em Deus”.

“Existe um grande abismo entre o Deus que eu costumava adorar e o Deus que eu adoro agora. Nós costumávamos adorá-lo com medo, mas agora tudo mudou”, disse o jovem convertido ao cristianismo.

(Via ACI Digital)

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