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Vatileaks: relatório sobre a Cúria Romana é reservado ao próximo papa

Jesús Colina - publicado em 26/02/13

Bento XVI recebe os membros da comissão de investigação sobre o caso

Bento XVI decidiu que só o próximo papa poderá ter acesso ao relatório que ele mesmo havia pedido a três cardeais sobre o caso "Vatileaks", o vazamento de notícias e supostas irregularidades na Cúria Romana.

Esta foi a informação divulgada nesta segunda-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé, após a audiência que o Pontífice concedeu aos três cardeais (que têm mais de 80 anos e, portanto, não participarão do conclave de eleição do futuro papa): Julián Herranz, Jozef Tomko e Salvatore De Giorgi.

O Papa ordenou que o "Vatileaks" tivesse dois tipos de investigação: uma realizada pela justiça vaticana comum e outra, por uma comissão de cardeais nomeados por ele mesmo.

A investigação da justiça italiana levou à condenação de Paolo Gabriele, ex-mordomo de Sua Santidade, quem se confessou culpado pelo vazamento de documentos privados ao jornalista Gianluigi Nuzzi – quem, depois, os divulgou em um livro e em várias publicações, bem como em programas de televisão.

Gabriele foi condenado, em 6 de outubro de 2012, a três anos de prisão (reduzidos a um ano e meio). A pena foi levantada pelo perdão concedido pelo próprio Papa, em 22 de dezembro.

O resultado da investigação da comissão cardinalícia foi entregue exclusivamente ao Papa, que é a única pessoa que conhece seu conteúdo, segundo confirmou também nesta segunda-feira o comunicado vaticano.

O Vaticano informou que, neste momento, só o Papa tem acesso ao relatório, desmentindo fontes jornalísticas que afirmavam que, após a renúncia do Pontífice, os três cardeais teriam exposto o texto aos participantes do iminente conclave.

Recentemente, alguns jornais chegaram a atribuir a renúncia do Papa ao conteúdo deste relatório, ainda que nenhum jornalista tenha conhecimento do texto.

Em 23 de fevereiro, a Secretaria de Estado da Santa Sé havia publicado um comunicado para denunciar a divulgação de "notícias muitas vezes não verificadas, não verificáveis ou inclusive graves", cujo objetivo seria tentar influenciar os cardeais que se reunirão em conclave.

O comunicado vaticano sublinha que, "junto aos limites e imperfeições próprios do fator humano de toda instituição", o relatório cardinalício mostra também "a generosidade, retidão e dedicação dos que trabalham na Santa Sé ao serviço da missão confiada por Cristo ao Pontífice Romano".

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