João Paulo II tinha advertido duramente os EUA contra a invasão
Hoje faz dez anos que o então presidente dos EUA George W. Bush lançou as tropas americanas contra o Iraque, na que ficou conhecida como a Segunda Guerra do Golfo.
O objetivo era acabar com as supostas armas de destruição em massa do regime de Saddam Hussein.
Previa-se uma guerra rápida e efetiva, mas que na verdade acabou durando mais de nove anos, até a retirada das tropas americanas, a 18 de dezembro de 2011.
Depois de dez anos, não se sabe nem se existiam as tais armas de destruição em massa. O Iraque também não conseguiu estabelecer o regime democrático que Bush prometia. O país hoje vive a ameaça do crescimento do fundamentalismo islâmico.
Os países que apoiaram a guerra também pagaram as consequências. Entre as reações estão os atentados à rede ferroviária de Madri, a 11 de março de 2004, e o atentado de 7 de julho de 2005 ao metrô de Londres. A publicação de documentos sobre tortura e humilhações da parte de soldados aliados contra prisioneiros iraquianos aumentou o ódio no mundo árabe.
Uma pesquisa recente do Instituto Gallup revela que mais da metade dos americanos considera que a guerra foi um erro (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/03/guerra-no-iraque-mantem-divisao-entre-americanos.html).
Também a considerava um erro João Paulo II, que afirmava que uma invasão seria “injusta, ilegal e imoral”. Suas duras palavras não foram escutadas. Mas as trágicas consequências hoje todos conhecem.
Leia este especial da BBC sobre a Guerra do Iraque:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130320_iraque_guerra_em_palavras_.shtml