Entidades civis fazem grandes manifestações em Paris
País mais laico da Europa, a França foi às ruas nesse domingo para rejeitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A polícia francesa calculou 300 mil pessoas no protestos. Já os organizadores, 1,4 milhão. Não eram esperadas nem 100 mil pessoas.
A manifestação ocorreu nas ruas de Paris, nos arredores do Arco do Triunfo.
Os organizadores afirmam que se trata de uma “revolução social”. É o que também afirma a líder do movimento, Frigide Barjot.
Barjot na verdade é Virgine Merle, de 50 anos. Seu apelido vem da semelhança com a atriz Brigitte Bardot.
Ela é uma conhecida humorista e cronista da televisão francesa. Não é católica e nem representa o movimento católico no país.
A manifestação anterior contra os casamentos e adoções gays, realizada no dia 13 de janeiro, contou com 340 mil participantes (segundo a polícia) e 800 mil (segundo os organizadores).
Barjot e os manifestantes pedem que o presidente François Hollande retire do Senado o projeto de lei sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo e sua possibilidade de adoção de crianças, isso antes de quinta-feira, quando ele tem agendado um discurso na TV.
O lobby gay enfrenta um osso duro na França. E não por temas religiosos, pois não são confissões religiosas que lideram os protestos.
O osso duro do lobby gay é ter chamado de “casamento” uma união entre pessoas do mesmo sexo e querer para essas uniões a adoção de crianças.
Isso é um engano, segundo os manifestantes, que defendem o casamento como uma instituição formada por um homem e uma mulher e, portanto, com a possibilidade de procriação.
O projeto de lei do casamento homossexual e a adoção de crianças já foi aprovado pelos deputados. No dia 4 de abril entra em discussão no Senado, onde o resultado da votação ainda não parece decidido.