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Todas as Igrejas do Chipre em campo para ajudar o país

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PATRICK BAZ

Aleteia Vaticano - publicado em 03/04/13

No ápice da crise, religiosos pedem solidariedade, responsabilidade e revisão das prioridades

Diante da profunda crise no Chipre, até a Igreja Ortodoxa decidiu fazer a sua parte nos sacrifícios. O arcebispo Chrysostomos II disse que estava pronto para hipotecar propriedades da Igreja para investir em títulos do governo.

Há poucos dias, no entanto, descobriu-se que a reestruturação do Banco do Chipre e do Laiki Bank implicará uma perda de mais de 100 milhões de Euros para a Igreja ortodoxa local. "O capital da Igreja, que totalizava mais de 100 milhões de Euros, foi perdido", disse aos repórteres o arcebispo (Tempi, 26 de março). Quando a crise começou a ser sentida mais fortemente, alguns meses atrás, o arcebispo havia aprovado a redução dos salários dos bispos, sacerdotes e pessoas ligadas à Igreja, exceto para os salários dos sacerdotes de menos de 1500 Euros por mês.

O acordo para salvar o Chipre da falência e evitar sua saída do Euro foi traçado em Bruxelas na noite entre 24 e 25 de março. Nicósia terá da "troika" (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) 10 bilhões de Euros, mas em troca terá de encontrar cerca de 7 bilhões por meio de uma ampla redefinição de seu setor bancário, aumento de impostos e plano de privatização. O Laiki Bank será liquidado e seus ativos serão absorvidos principalmente pelo Banco de Chipre, com a taxação sobre depósitos de mais de 100 mil Euros em 30% a 40% (Agência Sir, 25 de março).

Neste contexto, o arcebispo da Igreja Maronita do Chipre, Youssef Soueif, comentou sobre a "grande tristeza" que atinge a população do Chipre, que "não pode pagar um preço tão alto por esta crise". "A Igreja Ortodoxa, que é a maior ilha, disse que está preparada para colocar à disposição do Governo do Chipre todos os seus bens para atender à emergência econômica", assumindo uma posição "profética, evangélica e humana muito importante". 

A Igreja Católica Maronita tem atuado por meio da Cáritas e sua rede de solidariedade. "Provavelmente, a crise atual é a mais grave das últimas décadas, mas no espírito de solidariedade, tanto no âmbito nacional como no europeu, com uma gestão clara e transparente da crise, podemos sair desta difícil situação econômica" (Agência Sir, 22 de março).

A crise, observou o arcebispo, "é uma oportunidade para todos, individual e socialmente, de mudança, de repensar as prioridades. Devemos evitar a lógica consumista e abraçar uma nova visão da vida baseada no essencial, através de "uma mudança radical do nosso estilo de vida".

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