“O mundo está carregado da beleza de Deus”, afirma teólogo
As montanhas falam de Deus? A beleza do sol, do céu e do mar dão testemunho de seu poder e bondade? A ação de auto-preservação do reino animal sugere a elaboração por uma inteligência que supera a compreensão humana? De acordo com São Paulo, a resposta é sim: “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar” (Romanos 1, 20). O salmista também aponta que os céus dão continuamente testemunho de Deus, sem qualquer comunicação verbal: "Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz; aí armou Deus para o sol uma tenda. E este, qual esposo que sai do seu tálamo, exulta, como um gigante, a percorrer seu caminho" (Salmo 18, 2-6).
Em linha com essas passagens das Escrituras, a doutrina católica sempre defendeu que "a partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e da beleza do mundo, pode chegar-se ao conhecimento de Deus: como origem e fim do universo" (CIC 32 ). O teólogo Peter Kreeft comentou muito bem isso: "penso que ninguém que mora perto do mar ou de um pequeno rio possa ser um ateu." Ou, como Gerard Manley Hopkins escreveu: "O mundo está carregado da grandeza de Deus”. A complexidade, o poder e a beleza da criação despertam uma maravilha no ser humano que o leva a afirmar a existência de algo grandioso o suficiente para criar, do nada, tudo de imenso e pleno que nos cerca.
