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As devoções dispersam a fé em Deus?

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©CATHOLIC PRESS PHOTO

Aleteia Vaticano - publicado em 08/04/13

O católicos falam de devoção à Virgem Maria, aos santos... Mas essas devoções particulares não distraem a fé que se deveria encaminhar só a Deus?

Aos beatos e santos é devido o culto de veneração, e não de adoração, sendo este reservado unicamente a Deus. O objetivo final da veneração da Virgem Maria e dos santos é a glória de Deus e a santificação do homem através de uma vida plenamente conforme à vontade divina, e a imitação das virtudes daqueles que foram discípulos proeminentes do Senhor.

A Igreja, em reconhecimento a Deus Pai, proclama: "nos vossos santos e santas ofereceis um exemplo para a nossa vida, a comunhão que nos une, a intercessão que nos ajuda” (Prefácio da Missa). Os santos rendem glória a Deus, porque "a glória de Deus é o homem vivo" (Santo Irineu). O escritor francês Jean Guitton descreve os santos como "as cores do espectro em relação à luz", porque, com tonalidades e características próprias, cada um dos santos reflete a luz da santidade de Deus. Orígenes afirma: "Os santos são imagem da imagem, sendo o Filho imagem" (La preghiera, 22, 4). São reflexo da luz de Cristo ressuscitado. Como o rosto de uma criança, em que os traços dos pais são particularmente acentuados, no do santo os traços do rosto de Cristo encontraram um novo modo de expressão.

Os santos e santas “foram sempre fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis em toda a história da Igreja” (João Paulo II, Christifideles laici, 16). "Eles salvam a Igreja da mediocridade, reformando desde dentro, chamando-a a ser aquilo que deve ser a esposa de Cristo, sem mancha nem ruga" (cf. Ef 5, 27), (João Paulo II, Discurso aos jovens de Lucca , 23 de setembro de 1989). E o cardeal Joseph Ratzinger afirmou que "não são as maiorias ocasionais que se formam aqui ou ali na Igreja a decidir o seu e o nosso caminho. Eles, os santos, são a verdadeira, determinante maioria segundo a qual nós nos orientamos. Eles traduzem o divino no humano, o eterno no tempo".

“Visitando um viveiro botânico, permanece-se admirados diante da variedade de plantas e flores, e é espontâneo pensar na fantasia do Criador que tornou a terra um maravilhoso jardim. Análogo sentimento nos surpreende quando consideramos o espetáculo da santidade: o mundo parece-nos um ‘jardim’, onde o Espírito de Deus suscitou com admirável fantasia uma multidão de santos e santas, de todas as idades e condições sociais, de todas as línguas, povos e culturas. Cada um é diferente do outro, com a singularidade da própria personalidade humana e do seu carisma espiritual. Mas todos têm impressa a ‘marca’ de Jesus (cf. Ap 7, 3), ou seja, o distintivo do seu amor, testemunhado através da Cruz. Estão todos na alegria, numa festa sem fim, mas, como Jesus, conquistaram esta meta passando através da fadiga e da prova (cf. Ap 7, 14), enfrentando cada qual a própria parte de sacrifício para participar na glória da ressurreição” (Bento XVI, Angelus, 1° de novembro de 2008).

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