Declaração de um responsável do Conselho Pontifício para a Família
"Respeitar a lei natural, que prevê a união entre um homem e uma mulher, não é só um dever das instituições religiosas, mas também daqueles que são responsáveis por determinar as leis.”
Essa é a posição do padre Gianfranco Grieco, chefe de escritório do Pontifício Conselho para a Família, departamento vaticano responsável por monitorar as questões relacionadas com a pastoral familiar.
Griego reagia às recentes declarações do Presidente do Tribunal Constitucional italiano, Franco Gallo, que defende a equiparação das uniões entre pares homossexuais ao casamento tradicional.
"Rejeitamos esta posição – disse à Aleteia padre Grieco – não só porque vai contra a lei divina, mas também contra a lei natural. Se quiserem deturpar a lei natural, não só no conteúdo, mas também no conceito, nos reagiremos. Estas posições são desviantes, contra a moral, contra a ética natural".
Para o Pe. Grieco, pronunciamentos assim resultam de uma "cultura relativista que atualmente está furiosa", e que "se impõe às consciências como, no seu tempo, se impôs a ideologia marxista-leninista".
"Os valores cristãos são agora colocados à margem – prossegue padre Griego –; é justo que o Estado reconheça os direitos e deveres, mas as uniões entre pessoas do mesmo sexo são direitos adquiridos, e não naturais. Onde está a ética? Não existem mais os valores, estes são valores éticos destruídos, traídos. Pronunciamentos como o da Corte Constitucional entristecem. Pensamos especialmente nas gerações mais jovens que nascem sem normas, sem princípios".