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Testemunhas de Jeová: as mentiras (4)

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MARTIN BUREAU

Jorge Luis Zarazúa - publicado em 18/04/13

Aprenda a se defender quando batem à sua porta e dizem que a Trindade não existe

Mito: a Santíssima Trindade não existe.

Origem do mito: segundo as testemunhas de Jeová, o dogma da Santíssima Trindade é uma invenção do século IV, não presente na Bíblia, já que foi introduzido por intervenção do imperador Constantino (272-337 d.C.) na vida da Igreja.

O que a Bíblia diz?

Existe um só Deus: a Bíblia apresenta claramente que só existe um Deus (Gn 1, 1; Is 45, 5; Mt 4, 10).

Um só Deus em três pessoas distintas: ao mesmo tempo, a Sagrada Escritura nos apresenta que em Deus há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Vejamos como se dá a conhecer que cada uma das três pessoas é Deus:

O Pai é Deus: sobre este ponto, não há nenhuma dificuldade. Tanto os católicos como as testemunhas de Jeová acreditam que o Pai celestial é Deus verdadeiro. "Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo" (Ef 1,3).

Jesus, o Filho, é Deus: por outro lado, há numerosos textos na Bíblia que mostram a divindade de nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 20, 28; Tit 2, 13-14; Rm 9, 5; Jo 1, 1; Hb 13, 8).

O Espírito Santo é Deus: também há passagens bíblicas que nos mostram a divindade do Espírito Santo. Para expô-las, comecemos esclarecendo que o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, não é uma "força", como afirmam as testemunhas de Jeová. Ele não é algo, é Alguém (Jo 14, 26; Rm 8, 26; At 15, 28).

Divindade do Espírito Santo

Apresentemos textos que mostram que o Espírito Santo é Deus:

"Pedro, porém, disse: Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses acerca do valor do campo? Acaso não o podias conservar sem vendê-lo? E depois de vendido, não podias livremente dispor dessa quantia? Por que imaginaste isso em teu coração? Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus" (At 5, 3-4)

Comparemos agora duas passagens bíblicas, uma do Novo e outra do Antigo Testamento, o que nos permitirá entrever a existência e divindade da terceira pessoa da Santíssima Trindade:

"Alguns se persuadiram pelas suas palavras, outros não acreditaram. Não estando concordes entre si, retiraram-se, enquanto Paulo lhes fazia esta reflexão: Bem falou o Espírito Santo pelo profeta Isaías a vossos pais, dizendo: Vai a este povo e dize-lhes: Com vossos ouvidos ouvireis, sem compreender. Com vossos olhos olhareis, sem enxergar. Coração obstinado o deste povo, ouvido duro, olhos fechados, para não verem com a vista, nem ouvirem com o ouvido, nem entenderem com o coração, e se converterem e eu os curar. Ficai, pois, sabendo que aos gentios é enviada agora esta salvação de Deus; e eles a ouvirão" (At 28,24-28).

"Ouvi então a voz do Senhor que dizia: Quem enviarei eu? E quem irá por nós? Eis-me aqui, disse eu, enviai-me. Vai, pois, dizer a esse povo, disse ele: Escutai, sem chegar a compreender, olhai, sem chegar a ver. Obceca o coração desse povo, ensurdece-lhe os ouvidos, fecha-lhe os olhos, de modo que não veja nada com seus olhos, não ouça com seus ouvidos, não compreenda nada com seu espírito. E não se cure de novo" (Is 6,8-10).

Como se pode ver, nestes dois textos se identifica o Espírito Santo com o "Senhor Deus" que se manifestou ao profeta Isaías.

As três pessoas divinas na Sagrada Escritura

Agora, apresentaremos os textos bíblicos mais relevantes nos quais se apresentam conjuntamente as três pessoas divinas:

– No Batismo de Jesus

"Ora, naqueles dias veio Jesus de Nazaré, da Galileia, e foi batizado por João no Jordão. No momento em que Jesus saía da água, João viu os céus abertos e descer o Espírito em forma de pomba sobre ele. E ouviu-se dos céus uma voz: 'Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição'" (Mc 1,9-11).

– No envio dos 72 discípulos

"Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado" (Lc 10,21).

– Na pregação apostólica

"A este Jesus, Deus o ressuscitou: do que todos nós somos testemunhas. Exaltado pela direita de Deus, havendo recebido do Pai o Espírito Santo prometido, derramou-o como vós vedes e ouvis" (Hch 2,32-33).

– Na fórmula batismal

"Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19).

– Nas cartas paulinas

"Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos" (1Cor 12,4-6).

"A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!" (2Cor 13,13).

Então, quando surgiu o termo "Trindade"? Os primeiros a usá-lo foram Tertuliano (160-220 d.C.) e Teófilo de Antioquia (+180), para expressar esta verdade de fé contida na Sagrada Escritura.

Como podemos ver, Constantino não teve nada a ver com isso, pois ele nasceu em 272 e morreu em 337.

Verdade: a Trindade existe. Não é uma invenção de Constantino. Trata-se de uma verdade de fé contida na Sagrada Escritura.

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