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Mais um sucesso das células-tronco adultas: da placenta ao fígado

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Patricia Navas - publicado em 30/04/13
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Pesquisadores espanhóis conseguem dar esperança a pessoas que aguardam por um transplanteCélulas-tronco adultas da placenta (geralmente descartada após o parto) podem se transformar em células do fígado para regenerar este órgão, segundo um trabalho realizado no Hospital 12 de Outubro de Madri e publicado na revista Cytotherapy, da Sociedade Internacional de Terapia Celular.
 
O presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas, José María Simón, avaliou como muito positiva a possibilidade de aproveitar as placentas para obter células-tronco ou outros materiais.
 
Segundo Simón, além deste caso, "a Medicina está a ponto de encontrar a maneira de reprogramar muitíssimas células". Neste processo, recordou, atualmente as células embrionárias, além dos questionamentos éticos que suscitam, "não servem e só causam problemas".
 
Segundo explicou, as células-tronco que realmente funcionam são as pluripotentes induzidas (iPS). "Quando conseguirem controlar o tema do genoma, saberemos exatamente o que será melhor para cada paciente".
 
A equipe de medicina regenerativa do Hospital 12 de Outubro conseguiu esta transformação das células-tronco da placenta cultivando-as in vitro em um meio com proteínas presentes de maneira natural no fígado.
 
As células transformadas formaram uma estrutura parecida com a de um fígado de apenas meio centímetro de espessura, que inclusive produz albumina, como um fígado funcional.
 
Os pesquisadores acreditam que, no futuro, será possível evitar transplantes hepáticos e melhorar as condições de pacientes já transplantados, bem como de pessoas que estão na lista de espera para receber um fígado.
 
A mesma equipe está pesquisando se as células mesenquimais (que dão origem a diversos tipos de tecido) da placenta podem ajudar a tratar outras doenças.
 
De fato, já demonstraram que podem retardar o crescimento de um tumor de mama e evitar ou retardar o surgimento de metástases, como mostrou na revista Cancer Gene Therapy.

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