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Fome na Somália: quase 260 mil mortos em apenas dois anos

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Alvaro Real - publicado em 06/05/13

Cáritas e Manos Unidas continuam alertando o mundo sobre a situação

No dia 20 de julho de 2011, foi declarada a primeira crise de fome do século 21. Milhões de somalis abandonaram seus lares em busca de ajuda alimentar.

Dois anos depois, a FAO (agência da ONU para a alimentação e a agricultura) expõe os números: 258 mil falecidos, metade deles crianças menores de 5 anos, entre outubro de 2010 e abril de 2012.

O relatório, divulgado na semana passada, destaca que os números superam as estimativas iniciais: "Agora temos uma ideia da verdadeira enormidade desta tragédia humana", explica Mark Smulder, economista sênior da ONU.

Nas regiões sul e central do país africano, 4,6% da população morreu – entre eles, 10% dos menores de 5 anos. Inclusive há outras regiões, nas quais se declarou crise de fome, nas quais as cifras são ainda superiores: entre 13% e 18% de mortes entre menores de 5 anos.

Nestes meses, a fome também atingiu outros países do Chifre da África e chegou a 13 milhões de pessoas, que precisaram de ajuda externa para sobreviver. Ainda hoje, quase 2 anos depois de ter sido declarada a crise de fome, 2,7 milhões de pessoas continuam precisando de ajuda para comer.

Alertas e ajuda humanitária

A Cáritas continua com um alerta de fome nos países do Chifre da África: Etiópia, Quênia, Somália, Uganda, Eritreia e Djibouti, que continuam com a seca que agravou a crise que já vinham padecendo e que, em algumas regiões, é a mais grave dos últimos 60 anos. Aos países mencionados se somam algumas áreas da Tanzânia e do Sudão do Sul.

A organização explica que "a prioridade é trabalhar a resistência das comunidades, sua capacidade de recuperar-se após a emergência, adaptar seus meios de subsistência ao seu contexto e prevenir novas emergências".

Da mesma forma, Manos Unidas continua enviando ajuda à Somália.

"No último ano, continuamos enviando ajuda de emergência, em um valor calculado de 160 mil euros, para atenuar as consequências da fome e a falta de assistência em diversos lugares do país", explicam dirigentes da ONG católica. "Ainda são milhares as pessoas acolhidas nos campos de refugiados perto de Mogadíscio."

"A fome continua presente na Somália, onde a ameaça de um conflito armado, além da situação de desgoverno e desamparo em que se encontra parte da população, impedem que se avance rumo a um desenvolvimento capaz de acabar com estas terríveis situações, que não deveriam existir em pleno século 21", explica Manos Unidas em um comunicado.

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