“Manifestação para todos” da França, uma força para toda a Europa

“Sua presença diária nas praças públicas, com velas acesas, silêncio de reflexão e oração, são o som mais ressoante que podem emitir ao governo francês, um silêncio que pode mover montanhas e preconceitos ideológicos na França e em toda a Europa.”

Este é um trecho da carta de Luca Volontè, presidente do Partido Popular Europeu no Conselho da Europa, enviou aos franceses que estão saindo às ruas das cidades para protestar contra o chamado “casamento” gay.

“Nos últimos meses, parece ser politicamente incorreto afirmar a simples verdade dos fatos, a verdade da vida humana, a verdade de todos os séculos, a dignidade da vida humana da concepção até a morte natural, a verdade da família fundada no amor de um pai e uma mãe, a liberdade religiosa para expor as próprias convicções em público”, afirmou.

“Vocês foram capazes de fazer isso com espontaneidade e espírito pacífico, como um sinal de verdade na sociedade francesa”, acrescentou.

O representante italiano valoriza o fato de estes manifestantes terem enfrentado “com coragem, audácia, perseverança e determinação esta barbárie moderna, que tenta chamar de ‘progresso’ o que é simplesmente um retorno aos dias mais obscuros da decadência de toda a história”.

“Vocês não estão sozinhos – afirma em sua carta. Estejam certos de que sempre haverá homens e mulheres que, com vocês e como vocês, terão a coragem de viver publicamente na verdade e se oporão firmemente às decisões injustas do poder provisório de não importa que maioria.”

“Vocês são um exemplo brilhante de um povo que se rebela contra as leis injustas: nada mais natural, nada mais corajoso e profético”, escreve.

Volontè explica que “há um grande movimento, reduzido ao silêncio pela mídia europeia: é o valor da fé e da razão de milhões de cidadãos europeus, crianças, jovens, esposos e esposas, profissionais e operários, comerciantes e professores que se mobilizam, de diferentes maneiras, para expressar suas razões, sua tradição, o desejo de ser conformes à natureza”.

“Sim, somos inconformistas, e com esta simples e profunda convicção, somos o obstáculo mais problemático do poder ideológico!”, exclama, identificando-se com o grupo de manifestantes.

Volontè denuncia que “defender os direitos das crianças, mas não defender seu primeiro direito, de viver em uma família com um pai e uma mãe, é um trágico paradoxo no qual caíram muitos políticos, longe da realidade da vida”.

Para ele, “o verdadeiro problema não é o anticlericalismo generalizado ou a maçonaria; o verdadeiro problema é a liberdade de imprensa e a honestidade da profissão do jornalismo na Europa”.

“Temos de respeitar os direitos humanos dentro da nossa casa antes de pedir respeito aos outros países. Onde estavam as organizações como ‘Save the Children’ quando os policiais jogavam bombas de gás lacrimogêneo contra as crianças nas ruas de Paris?”

Volontè se referiu também à mulher: “Falamos muito sobre a promoção da mulher e da luta contra a violência feita a ela, mas não se explica a violência do comércio de óvulos ou a utilização das mulheres como incubadoras para dar à luz crianças que serão dadas em adoção a casais do mesmo sexo. Isso não é uma forma de violência contra as mulheres?”.

O político mostra seu compromisso de lealdade aos membros da “Manifestação para todos”.

“Precisaremos de uma luta de transformação que vocês já começaram. Tornar-se verdadeiros seres humanos significa entrar em uma luta cotidiana contra a mentira que nos cerca por todos os lados. Nesta luta, já ganha, mas ainda não terminada, é necessário que jamais lhes falte a esperança que hoje vemos em seus olhos”, concluiu.