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Argentina: a desnaturalização do ser humano importada da Europa

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Patricia Navas González - publicado em 10/05/13

Relatório anual de doutrina social da Igreja denuncia a “colonização da natureza humana”

A Argentina aparece como paradigma da exportação, por parte da Europa, da ideologia que pretende dar por superada a natureza humana, no 4° Relatório Anual sobre a Doutrina Social da Igreja no mundo, do Observatório Cardeal Van Thuân e outros cinco institutos internacionais de pesquisa, apresentado no dia 8 de maio, na sede da Rádio vaticano.

Em um só ano, o país sul-americano de tradição católica teve uma lei sobre a procriação artificial que desnaturalizou a família, além de uma modificação do código civil para permitir a “barriga de aluguel”, que desnaturalizou a paternidade e a filiação.

Também revolucionou a base de toda a sociedade argentina; foi deixada de lado a “natureza humana” e o país se afastou violentamente da inspiração da fé católica para a construção da sociedade.

Esta é a avaliação que o presidente do Observatório, Dom Giampaolo Crepaldi, fez ao apresentar o relatório, que inclui dados de 2011, coletados pelo CIES (Centro de Iniciativas da Economia Social) de Buenos Aires.

O estudo mostra uma emergência: a “colonização da natureza humana”, provocada por uma ideologia ocidental, expressão de uma cultura niilista, que pretende superar completamente o conceito de natureza humana.

“É exatamente aqui na Europa que esta despedida da natureza humana está obtendo resultados mais inquietantes – declarou Crepaldi. A Europa que difundia o cristianismo e, com ele, a proteção da natureza humana criada por Deus, agora exporta a superação da natureza humana, rumo a uma identidade que se constrói livremente: homem ou mulher, mãe ou pai, mulher e marido. Já não se é; a pessoa se torna.”

O prelado citou Bento XVI, ao destacar a necessidade de proteger o homem da destruição de si mesmo.

“Se a natureza humana é percebida como um cúmulo de fenômenos naturais guiados pela casualidade ou pela necessidade, então permanece muda com relação a nós: não diz nada sobre nós e sobre a nossa vida”, afirmou o arcebispo.

Segundo esta ideologia, ser homem ou mulher não é uma palavra que nos precede, mas um desejo nosso. “Se a nossa estrutura sexuada não é uma mensagem que nos diz como viver como pessoas humanas, então a genitalidade é algo exclusivamente técnico”, disse o prelado italiano.

Ao eliminar a identidade sexual, a capacidade de dar-nos um código de vida, a genitalidade se reduz a uma pura técnica vivida fora de qualquer identidade, ou seja, fora do próprio ser homem e mulher.

E acrescentou: “Há um imenso trabalho cultural a fazer para educar neste sentido da natureza e da natureza humana; e é desagradável ter de admitir que, dentro da Igreja e entre as próprias comunidades cristãs, às vezes se ignora a importância deste ponto”.

Também interveio na apresentação do relatório a especialista Eugenia Roccella, quem se referiu à necessidade de uma “realfabetização” da sociedade atual.

Estamos perdendo os conceitos que antes dávamos por descontados e sobre os quais está construída a comunidade humana – disse à Aleteia. A evidência originária, o conceito de pessoa, os conceitos mais simples sobre os quais há uma sabedoria popular, como mãe, como pai.”

Existe a ideia de que o filho é um direito e começa a existir também a ideia de que pode ser um objeto que se compra”, denunciou, antes de criticar o comércio de óvulos.

Aprofundando neste ponto, referiu-se à questão antropológica, destacando que ela “nasce da consciência de ser criatura”, e criticando a teoria de gênero, que defende a manipulação do corpo humano, que é, como recordou ela, “o lugar da pessoa”.

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