O presidente do Conselho Pontifício para a Família, Dom Vicenzo Paglia, convidou os padres a dar uma atenção especial aos divorciados, pois eles têm problemas maiores, já que a ruptura de um matrimônio é sempre um fracasso e afeta os filhos.
Por este motivo, considera que a Igreja deve ajudar estes irmãos e irmãs com mais empenho. Da mesma maneira, "nunca mais devem ser considerados como pecadores, porque todos nós o somos".
A mensagem da Igreja "não é contra ninguém", disse o prelado, na Universidade Católica da Argentina, onde apresentou a "Carta dos Direitos da Família".
O problema é cultural. Dom Paglia afirma que a família é o mais importante sujeito produtivo, mas não é considerada em seus direitos fiscais; não recebe isenções nem apoios. Para ele, falar da sociedade atual sem a família formada por pai, mãe e filhos é uma loucura.
Neste sentido, lamentou a institucionalização das famílias monoparentais. Além disso, dentro de alguns anos, "haverá tantos filhos únicos, que já não se compreenderá qual é o significado da palavra 'irmão' ou 'irmã'", advertiu.
Dom Paglia recordou aos jovens que "a crise do individualismo está envenenando a sociedade" e que "a ditadura do individualismo busca destruir a família".
É por isso que a família deve estar no centro da pastoral da Igreja, da política, da economia e da cultura. Portanto, as famílias devem receber mais atenção, apoio e ajuda por parte dos governos.
O bispo falou aos jovens sobre a beleza do matrimônio. Recordou que, hoje em dia, é mais fácil usar o "para sempre" referindo-se a um time de futebol que a uma esposa, por exemplo, porque já não confiamos em ninguém.
A família, segundo o prelado, "é um afeto sólido, que pede fadiga, esforço, mas que acompanha você pela vida toda". Em contrapartida, existe a tristeza de envelhecer sozinho e, assim, "a solidão se torna pior que a morte", concluiu.
Os divorciados são mais pecadores?
David Medrano - publicado em 24/05/13
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