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Maçom e católico: padre é demitido de suas funções na França

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JEAN-PIERRE CLATOT

Marine Soreau - publicado em 28/05/13

É incompatível pertencer ao cristianismo e à maçonaria

A pedido de Roma, um sacerdote francês da diocese de Annecy, Pe. Pascal Vesin, foi demitido de suas funções devido ao seu pertencimento ativo a uma loja maçônica. O sacerdote é membro desde 2001 e, apesar da incompatibilidade de princípios no âmbito da fé e das suas exigências morais, ele não quis abandonar a maçonaria.

Um comunicado da diocese explica que o Pe. Vesin, em diálogo com o bispo de Annecy, Dom Boivineau, e claramente informado sobre a sanção à qual se expunha, optou pela liberdade absoluta de consciência e reafirmou sua intenção de viver o duplo pertencimento.

A decisão da Congregação para a Doutrina da Fé foi tomada em março. "O bispo pediu à nunciatura apostólica o tempo necessário para prevenir seu Conselho sacerdotal (conselho de 15 sacerdotes delegados da diocese de Annecy). O Conselho nomeou três de seus membros para reunir-se com seu irmão. O Pe. Vesin reafirmou sua vontade de permanecer na maçonaria. Então, o bispo o notificou sobre as consequências da sua escolha", afirma o comunicado.

Apesar de tudo, esta sanção não é definitiva e poderia ser revocada se o Pe. Vesin manifestasse claramente sua decisão de voltar à Igreja. "A misericórdia anda ao lado da verdade."

Com este comunicado, a diocese de Annecy publicou um documento que explica a incompatibilidade entre a pertença ao cristianismo e a pertença à maçonaria, e recorda que aderir à esta última questiona as bases da existência cristã.

Em especial, cita um documento da Congregação para a Doutrina da Fé (1983) que recorda que os princípios das associações maçônicas "foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas".

Além disso, afirma que "os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão". A carta encíclica Humanus Genus (1884) também condena o relativismo filosófico e moral da maçonaria.

Em seu blog, o Dr. Maurice Caillet, que foi maçom francês durante 15 anos e se converteu em 1984, recorda que é "absurdo e filosoficamente contraditório pretender ser verdadeiro católico e maçom autêntico ao mesmo tempo, sejam quais forem as obediências".

Este ex-cirurgião, ginecologista e urologista se refere claramente ao que opõe a filosofia maçônica à religião católica, e afirma: "O católico não deve se deixar seduzir pelas ideias maçônicas, que são as da nossa república: liberdade, igualdade, fraternidade – que não têm o mesmo sentido no espírito de um cristão e de um maçom".

"A liberdade, para um cristão, é um meio, um instrumento concedido por Deus ao homem para caminhar rumo ao bem e ao amor. Para um maçom, é um objetivo sem fim, que deve acabar com todos os tabus e todas as proibições da moral natural", continua.

Quanto à igualdade, o médico afirma que, "para os cristãos, ela vem do fato de que todos são filhos de um mesmo Pai e irmãos e irmãs de Jesus. Para um maçom, é uma ilusão, porque diferencia profanos e iniciados, e inclusive entre os maçons, há 33 graus bem definidos".

"A fraternidade cristã é universal e a dos maçons se limita ou se concentra no círculo restrito dos iniciados, que aspiram à chegada de um governo mundial – dirigido pelos iniciados, claro!", conclui.

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