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“Repressão” sexual

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Aleteia Vaticano - publicado em 31/05/13

JMJ, formação da juventude: a repressão sexual contribui para o surgimento de neuroses, histerias, impotência sexual, frigidez e outros transtornos

O comportamento sexual de homens e mulheres sempre foi alvo da atenção das ciências humanas, além de estar diretamente relacionado com as bases de uma sociedade, as formas do comportamento sexual expressam também a atitude das pessoas diante do mundo ao seu redor. Se por um lado uma pseudo-liberdade sexual fundamentada nos instintos em detrimento da razão e do espírito seja nociva para o desenvolvimento humano e até mesmo considerada desumanizadora, uma repressão sexual que impõe fardos emocionais sobre homens e mulheres também exerce uma força destruidora para a vivência harmoniosa da sexualidade. 

A repressão sexual contribui para o surgimento de neuroses, entre elas em especial a neurose obsessiva, histerias, impotência sexual, frigidez e outros transtornos psíquicos. Na vida de muitos casais é comum detectar traços de repressão sexual especialmente entre as mulheres, o que atrapalha e muito a vivência harmoniosa e frutífera do casal, gerando incompreensões, brigas e até mesmo separações. Uma educação sexual repressiva é fundamentada no autoritarismo e na imposição de regras infundadas e sem sentido que muitas vezes são passadas para os filhos de forma incoerente, pois nem os pais conseguem seguir suas próprias normas referentes à sexualidade. 

A energia sexual, também denominada como libido, está completamente interligada com toda a vida da pessoa, em seus aspectos biológicos, psíquicos e espirituais. Uma vez que se imprime em uma criança ou em um adolescente a ideia de que sua sexualidade é algo proibido, feio ou pecaminoso, oferece-lhe também um dispositivo de dissimulação da verdade, pois a criança se verá obrigada a negar o desenvolvimento natural de sua sexualidade, o interesse pelo sexo oposto e as experiências de prazer. A repressão sexual normalmente acontece quando os pais e educadores não compreendem ou mesmo não conhecem bem a sexualidade. Diante do medo de que os filhos vivam uma sexualidade irresponsável e promíscua preferem impor leis morais baseadas em sua autoridade, contudo sem oferecer fundamentos para uma vivência responsável e harmoniosa. Mal sabem os pais que esta atitude pode gerar problemas ainda piores que os que outrora temiam.

Alguns estudos afirmam que grande parte dos comportamentos sexuais indesejados e anti-sociais dos dias atuais tem uma ligação direta com a repressão sexual. Há também o risco de se considerar a repressão como o único vilão dos problemas sexuais da sociedade pós-moderna, muitos cientistas e movimentos pregam o liberalismo sexual como a solução contra a repressão, incorrem nos mesmos erros provocando males ainda maiores para o desenvolvimento saudável das pessoas, como pude descrever no artigo prévio a este intitulado “Liberdade” sexual

O equilíbrio da sexualidade está diretamente relacionado com a maturidade afetiva. Uma criança educada em um ambiente de amor tem liberdade para expressar seus sentimentos de forma natural, não precisa ser punida nem muito menos reprimida. A vivência responsável da sexualidade não é ensinada pelas regras, mas sim pelo exemplo e compreensão dos pais e formadores. Um comportamento sexual responsável tem suas bases em uma consciência livre e responsável, jamais reprimida.

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