A idolatria é sutil; o caminho para não estar distante do Reino de Deus implica descobrir os ídolos escondidos, afirmou Francisco em homilia hoje
Cada um de nós vive de pequenas e grandes idolatrias, mas o caminho que leva a Deus passa por um amor exclusivo a Ele, como nos ensinou Jesus. Esse foi o teor da homilia do Papa Francisco na missa desta quinta-feira na Casa Santa Marta.
“Não basta dizer: Mas eu creio em Deus, Deus é o único Deus. Isto está muito bem, mas como é que tu vives isto na caminho da tua vida? Porque não podemos dizer: O Senhor é o nosso Único Deus e depois viver como se Ele não fosse o único Deus tendo assim outras divindades à nossa disposição… Há o perigo da idolatria: a idolatria que nos chega com o espírito do mundo. E Jesus nisto era claro: o espírito do mundo não. E pede ao Pai para que nos defenda do espírito do mundo, Jesus, na Última Ceia, porque o espírito do mundo leva-nos à idolatria."
“A idolatria – prosseguiu o Papa – é sutil”. Todos nós “temos nossos ídolos escondidos” e “o caminho da vida para chegar, para não estar distante do Reino de Deus, implica descobrir os ídolos escondidos”.
Trata-se de um comportamento que pode ser encontrado na Bíblia, como no episódio em que Raquel, mulher de Jacó, finge não ter consigo os ídolos que estavam escondidos.
O Papa afirmou que todos nós devemos buscar nossos ídolos escondidos e destruí-los. Pois, para seguir a Deus, o único caminho é o do “amor fundado na fidelidade”.
“A fidelidade nos pede que expulsemos os ídolos, que os descubramos: estão escondidos em nossa personalidade, em nosso modo de viver. Mas esses ídolos escondidos fazem que nós não sejamos fiéis no amor”, disse Francisco.
Segundo o Papa, o caminho para avançar rumo ao Reino de Deus é da fidelidade que se parece com o amor nupcial. Para isso é preciso confiar em Cristo, que é “fidelidade plena” e que “nos ama tanto”.
“Podemos pedir hoje a Jesus: Senhor, tu que és tão bom, ensina-me este caminho para estar, a cada dia, mais próximo do Reino de Deus, este caminho para nos despojarmos dos ídolos.” É difícil, mas devemos começar, insistiu o Papa.
Com Rádio Vaticano