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Namoro: O primeiro passo

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Aleteia Vaticano - publicado em 09/06/13

JMJ formação: há muitas adolescentes experimentando o sexo desde muito cedo em experiências descompromissadas, embora aparentemente pareçam maduras

O namoro é o início de tudo, o primeiro passo de um caminho que poderá culminar na constituição de uma família. O namoro inicia com o olhar, um olhar capaz de captar no outro sua essência, o que tem de melhor, além das aparências. Quando uma moça capta em um jovem sua beleza interior, ela é capaz de abrir as portas do seu coração para ele, ainda que seja diferente, ou que não esteja dentro dos padrões esperados pelas amigas ou pelos pais, desta forma, o namoro também significa o primeiro momento em que a pessoa aprende que o amor não é cego, mas ao contrário, enxerga além das aparências e dos estereótipos. Sendo o namoro uma relação profunda com a essência do ser amado, quem se importa apenas com as aparências e tem o prazer sexual como foco nas relações não é capaz de namorar, ao contrário, experimenta inúmeras experiências de “ficar” e de tanto ficar, pode vir a ficar só. 

Maslow afirma em uma ocasião que ‘as pessoas incapazes de amar não experimentam no sexo a mesma classe de emoção que as pessoas que são capazes de amar’. Hoje é muito comum ouvir de jovens mulheres reclamações sobre como é difícil encontrar homens que queiram um compromisso verdadeiro, vivemos em uma sociedade que em geral experimenta uma “compulsão da felicidade”, explicada por Elisabeth Lukas como uma manipulação artificial dos sentimentos, uma equação que pode ser compreendida como a desvalorização do amor e dos vínculos afetivos e uma supervalorização das experiências sensoriais, do sexo fácil e casual, do abuso de substâncias químicas e até o deixar-se seduzir por promessas ideológicas e sectárias de felicidade de toda espécie. Pouco se luta pela possibilidade de amar

Quando as instituições educacionais ou religiosas oferecem aos jovens uma moral sexual que lhes convida a valorizar o amor acima do sexo, o que ocorre é um afastamento por parte dos jovens destas instituições, enfraquecendo por outro lado ainda mais sua espiritualidade e intelectualidade. Não se pode negar que as transformações hormonais na adolescência exerçam uma força desestabilizadora na pessoa especialmente no que diz respeito à potência sexual, mas também não se pode negar que, no fundo, o que rapazes e moças buscam de fato é a possibilidade de viver o amor, um amor capaz de leva-los a realização pessoal. 

Há muitas adolescentes experimentando o sexo desde muito cedo em experiências descompromissadas, embora aparentemente pareçam maduras e conscientes de seus atos, no fundo o que buscam é a aceitação social, é a possibilidade de se comprometerem com alguém. No fundo, por mais moderna e descolada que pareça uma jovem que se entrega ao sexo nas primeiras noites, nenhuma mulher consegue acordar no dia seguinte sem a expectativa de ter alguém do seu lado que a valorize, que queira lutar por ela, que a ame profundamente e que a escolha para ser a mulher de sua vida, a única mulher. Não consegue, não por ser limitada ou menos evoluída, mas justamente porque não faz parte de sua essência, a essência que busca amar também busca ser amada.

Namorar é iniciar um caminho de conhecimento, um conhecimento de dentro pra fora, é apaixonar-se pelo que há de mais belo no outro, o que está dentro do seu corpo, aquilo que o tempo não será capaz de apagar, ao contrário, só poderá crescer. O segredo de um casamento feliz está na vivência de um namoro consciente. Namorar é lançar-se no mundo desconhecido do outro, esperando ardentemente que o seu amor seja aceito e nunca superado, é permitir que o outro conheça seu mundo interior e conhecendo-o possa um dia dizer que será capaz de comprometer-se com tudo o que você é até que a morte os separe.

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