Autoridades locais também dão garantias de uma JMJ segura; Jornada se circunscreve nos grandes eventos que o Brasil quer acolher com excelência
A segurança do Papa Francisco, dos peregrinos e da população do Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é uma prioridade.
“Creio que não se terá nenhum problema de segurança nem com o Papa nem com as pessoas que lá estarão porque estamos estudando tudo nos mínimos detalhes, com todas as particularidades”, garantiu o general Domenico Giani, comandante da Gendarmeria (Polícia do Vaticano).
De acordo com Giani, está sendo montado um esquema tático com a participação de componentes políticos, civis e militares da segurança, além de uma logística com técnicos.
Um exemplo é o policiamento em Guaratiba, onde está sendo instalado o Campus Fidei, local da vigília dos jovens com o Papa. “Creio que posso dizer que é uma bela área que acolherá muita gente”, destacou.
A comitiva de segurança do Vaticano está no Rio de Janeiro desde a semana passada para discutir os detalhes da visita do Papa.
Durante a semana, eles tiveram encontros com autoridades do Governo Federal, Estadual, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e também com membros da Igreja, como o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que também é presidente do Comitê Organizador Local da JMJ.
“No que diz respeito à segurança, creio que posso dizer que se está fazendo o máximo e que não se vê problema com a segurança”, disse Giani.
Proximidade
O comandante explicou ainda que o Papa estará visível e próximo à população em muitas ocasiões com o uso do papamóvel. Giani destaca que as visitas do Papa ao Hospital São Francisco de Assis na Providência de Deus (HSF) e à Comunidade de Varginha, em Maguinhos, terão um significado especial.
"A visita à comunidade será muito importante para a Igreja e para o Papa. Será um momento muito importante para o Santo Padre de encontro com o mundo da pobreza e do sofrimento, porque ele deseja uma Igreja a serviço do povo, uma Igreja pobre a serviço do pobre”, disse.
Rio de Janeiro
O subsecretário extraordinário para Grandes Eventos, da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, delegado federal Roberto Alzir, dá a garantia das autoridades locais de uma JMJ segura para os peregrinos.
Os investimentos em segurança para o Rio de Janeiro antes da Jornada já fazem parte de uma estratégia adotada pelo Governo do Estado.
“Trabalhamos com o conceito de Estado seguro, eventos seguros. Neste sentido, os grandes eventos são oportunidades para promover melhorias que vão ficar para a população”, disse.
Segundo ele, alguns investimentos ficarão como “legado para os moradores e visitantes do Rio”. Por exemplo, o Centro Integrado de Comando e Controle.
Inaugurado no dia 31 de maio, este Centro de R$ 108 milhões de Reais reúne a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Forças Armadas, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, além de serviços da prefeitura e concessionados. Entre 800 e 1.200 agentes das forças de segurança passam diariamente pelo local. O centro funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Alzir defende que o Governo vem investindo fortemente na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro desde 2007. Os recursos destinados a aquisições, obras e remuneração extraordinária de policiais nos seus horários de folga chegaram a R$ 700 milhões.
O delegado destacou ainda o programa de pacificação de favelas no Rio de Janeiro. 33 Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) foram instaladas em favelas do Rio até o momento. Elas têm como objetivo a retomada permanente de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, assim como a garantia da proximidade do Estado com a população.
Todos os órgãos governamentais aportarão recursos máximos para segurança. O objetivo é “garantir a segurança de todos os participantes diante do enorme desafio de receber no Estado do Rio de Janeiro, além do Papa e seu séquito, significativa quantidade de visitantes”, disse o subsecretário
Com JMJ Rio 2013