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JMJ: jovens se aproximam de crenças misteriosas em busca de respostas

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Jaime Septién - publicado em 24/06/13
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Os vazios que nós deixamos na atenção aos jovens são preenchidos por outras alternativasO bispo de Querétaro (México), Dom Faustino Armendáriz Jiménez, participou ativamente dos trabalhos da V Assembleia Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAN) em Aparecida (Brasil).
 
Primeiramente como bispo de Matamoros e depois como bispo de Qurétaro, ele se distingue pela promoção constante da Missão Continental, a missão permanente lançada por Aparecida e que nos torna uma Igreja alerta, com espírito jovem, aliada dos jovens, "sentinelas do amanhã", como chamou João Paulo II.
 
Entrevistado pela Aleteia-El Observador, Dom Jiménez reconhece os problemas pelos quais a juventude passa na América Latina e explica que "a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pretende ser um concentrador de todos os esforços que a Igreja faz para atender a nossa juventude".
 
Por que o senhor acha que os jovens do nosso continente estão tendo experiências no esoterismo, na bruxaria e no satanismo?
 
Porque os vazios que nós deixamos na atenção aos jovens são preenchidos por outras alternativas. Daí o interesse por buscar os jovens com atitude missionária nas nossas igrejas particulares. Acho que eles procuram o "mistério" para encontrar respostas; é por isso que buscam estas alternativas.
 
É perigoso para os jovens o contato com o satanismo, as drogas e o sexo desenfreado?
 
Tudo aquilo que vai contra a dignidade da pessoa e das pessoas – neste caso, a autodestruição da pessoa – não é conveniente. Penso que são caminhos equivocados porque nós, a partir da fé, sabemos que o único caminho que traz a felicidade, e a felicidade verdadeira, é o encontro com Cristo.
 
O senhor acha que a JMJ é uma oportunidade para que os jovens se libertem destes perigos?
 
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pretende ser um concentrador de todos os esforços que a Igreja faz para atender a nossa juventude. Acho que este ano, especialmente com a presença do Papa Francisco e com o tema que será tratado, o jovem poderá entender que crer em Jesus não é somente se exercitar em alguma religião, mas que ser cristão católico é ter um estilo de vida.
 
Por isso, o mandato que será usado como lema da JMJ é "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". Isso é muito importante para todos nós, mas especialmente para envolver os jovens nestes processos. Eles são os melhores missionários quando Deus toca seu coração. E quando Deus toca seu coração, eles passam à ação de maneira generosa.
 
A JMJ do Rio de Janeiro será diferente das anteriores?
 
Bem, eu acho que são processos. A JMJ na América Latina é parte de um processo que veio sendo gerado de impulso da juventude no mundo. Desta vez, o tom fundamental da JMJ será lançar a juventude à missão, a colaborar na tarefa urgente que Cristo nos deixou, de maneira clara e contundente: "Ide e fazei discípulos". Não é qualquer coisa…
 
A JMJ será fonte de novas vocações?
 
Deus continua chamando! E continua chamando na medida em que os sacerdotes vão dando testemunho de felicidade ao abraçar esta vida; mas, certamente, estes eventos pontuais, como parte dos processos da nossa Igreja universal, geram, com a ajuda de Deus, jovens escolhidos que aceitam estar com Ele e ser enviados a pregar.
 
Qual seria a sua mensagem de preparação para a JMJ?
 
Antes de tudo, envio uma saudação à Aleteia, que nos dá esta oportunidade de poder nos relacionar com tantas pessoas, que, por sua vez, estão acompanhando seus conteúdos, sua programação.
 
E uma exortação aos jovens para que não tenham medo, para que vivam este encontro com Cristo. Vale a pena inserir-se neste itinerários do discipulado missionário. Os jovens são, repito, os melhores missionários.
 
Já fui com eles – com milhares de jovens simultaneamente – fazer missões de casa em casa, nas diferentes cidades em que tivemos a oportunidade de fazer isso. E esses jovens, ao terminar, são as pessoas mais satisfeitas, porque foram capazes de experimentar o amor de Deus compartilhando-o.

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