Os cristãos da Síria enfrentam uma ameaça existencial, de acordo com depoimentos ao Congresso
Há três dias, a Câmara dos Representantes dos EUA realizou uma audiência da subcomissão conjunta sobre a situação das minorias religiosas na Síria, Religious Minorities in Syria: Caught in the Middle.
Copatrocinado pela Subcomissão da África, Global Health, Global Human Rights, Organizações Internacionais e pela Subcomissão para o Oriente Médio e o Norte da África, a audiência ouviu quatro testemunhas, incluindo o encarregado da USCIRF (United States Commission on International Religious Freedom), Zuhdi Jasser. A audiência abordou extensamente a situação dos cristãos na Síria.
A audiência inteira vale a pena, mas o testemunho de Nina Shea, do Instituto Hudson, é particularmente útil. Shea admite que "nenhuma comunidade religiosa foi poupada do sofrimento" na guerra civil da Síria. Mas a "antiga minoria cristã da Síria" enfrenta uma ameaça existencial:
"Os cristãos, porém, não são simplesmente pegos no meio do conflito, como efeito colateral. Eles são o alvo de uma guerra sombria mais focada, que está ocorrendo ao longo do conflito maior entre o regime xiita de Bashar al-Assad e as milícias rebeldes sunitas.
Os cristãos são o alvo de uma limpeza étnico-religiosa feita por militantes islâmicos e tribunais. Além disso, eles perderam a proteção do governo Assad, tornando-os presas fáceis para criminosos e combatentes, cujas filiações nem sempre são claras."
Shea documentou incidentes anticristãos, alguns deles bastante angustiantes. Ela recomenda, entre outras coisas, que o governo dos EUA ajude diretamente as instituições que cuidam dos refugiados cristãos (que muitas vezes têm medo de ir para campos de refugiados); que agilizem os pedidos de imigração de cristãos sírios; e garantam que nenhum dos seus auxílios à oposição síria encontre em seu caminho os grupos islâmicos responsáveis pela limpeza étnica dos cristãos.
(Publicado originalmente por First Things em 26 de junho de 2013)