Clínica espanhola defende mudança legislativa para que os pais possam escolher o sexo dos seus bebês
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Uma clínica de reprodução assistida organizou um abaixo-assinado para mudar a legislação espanhola, permitindo que os pais possam escolher o sexo dos seus filhos. O Instituto de Reprodução Cefer já conseguiu o apoio do Congresso e agora precisa reunir 500 mil cidadãos para a sua causa.
A suposta aprovação desta IPL (iniciativa popular legislativa) suporia uma mudança nos pacientes das clínicas de reprodução assistida, que deixariam de ser somente mulheres sem o parceiro do sexo masculino, ou casais com infertilidade.
As clínicas começariam a atender também casais que se submeteriam a estas técnicas não por motivos médicos, mas pelo simples desejo de ter filhos de determinado sexo, adverte um artigo publicado em InfoCatólica.
O chefe da Unidade de Reprodução Humana do Hospital de Cruces de Bilbao, Roberto Matorras, está preocupado sobretudo com a situação dos embriões do sexo indesejado, bem como com a "banalização da reprodução assistida" que a escolha do sexo do filho pode implicar.
É verdade que existe uma técnica, a filtragem com espermatozoides, que permite selecionar os espermatozoides com mais tendência a formar um homem. No entanto, este é um procedimento "pouco eficiente" e, portanto, pouco utilizado, explica Matorras.
Por enquanto, o abaixo-assinado está sendo realizado nos 4 centros que Cefer possui em Barcelona, Lérida e Valência, mas em breve ele poderá incluir assinaturas nas demais clínicas de reprodução assistida da Associação Nacional de Clínicas de Reprodução Assistida.
Na Espanha, a lei impede que as pessoas que recorrem às técnicas de reprodução assistida possam escolher o sexo do seu filho, enquanto, em outros países, como Estados Unidos e México, isso é permitido.
Esta possibilidade afeta diretamente a dignidade do embrião humano, que tem direitos intrínsecos que devem ser defendidos e promovidos.