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Pornografia e direitos sexuais

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Aleteia Vaticano - publicado em 03/07/13

JMJ formação: há uma grande lista de riscos que a pornografia traz para o desenvolvimento sexual de um adolescente; o mais preocupante é o vício

Não é de hoje que o conteúdo pornográfico está presente nas mãos de adolescentes em todo o mundo, mas não só dos adolescentes. Com o avanço da internet o acesso à pornografia tornou-se cada vez maior tanto para homens quanto para mulheres. Pesquisas indicam que quase 50% de todos os usuários de internet em todo o mundo vêem pornografia e que 33% são do sexo feminino. Os dados, muitas vezes desconhecidos para a maioria dos pais, revelam uma preocupante realidade em relação à educação sexual, de forma que quanto mais um adolescente busca o prazer virtual, maiores são os sinais de que os relacionamentos reais são complicados e perdem espaço em sua vida. Enquanto há falta de investimento numa educação sexual saudável, a indústria pornográfica lucra mais de 97 bilhões de dólares ao ano em todo o mundo. 

Os dados sobre a indústria pornográfica não são precisos, há muita especulação, mas suscitam um questionamento sobre o nosso modo de vida, o modo de vida da sociedade do terceiro milênio. Hoje em dia, falar de sexo com os filhos ainda é um tabu para muitos pais e há um outro grupo de pais que falam sobre sexo com a ótica do mercado, que incentiva as experiências sexuais de toda ordem sem critérios. 

O sexo é ainda visto como um direito, ou seja, toda pessoa que experimenta o prazer sexual está vivendo o seu direito, sua liberdade. Muitos pais não sabem como educar os filhos porque se sentem incoerentes, pensam que porque eles têm ou tiveram acesso à pornografia os filhos também têm esse “direito”. Contudo, a experiência sexual configura-se como uma vivência de partilha afetiva, entrega amorosa, o sentido do sexo tem muito mais a ver com um relacionamento entre duas pessoas com histórias em comum do que com um simples direito a ter prazer, desta forma a pornografia desvirtua o real sentido do sexo. 

O crescente aumento de acesso à pornografia revela a dificuldade de se encontrar relacionamentos saudáveis que trazem uma verdadeira realização pessoal. Se para alguns adultos este seja um comportamento comum já adquirido durante seu desenvolvimento e que não atrapalha a vida sexual em um relacionamento real como o casamento, esta pode não ser a mesma realidade para as crianças e adolescentes que vivem esta fase de desenvolvimento em uma nova cultura sexual. Hoje, muitos apresentam dificuldades em iniciar um namoro justamente porque estão viciados em pornografia. Uma vez que estão constantemente respondendo aos seus desejos sexuais com estímulos pornográficos, acabam por não permitir que aconteça uma atração sexual natural para com o sexo oposto. 

Há uma grande lista de riscos que a pornografia traz para o desenvolvimento sexual de um adolescente. O que é mais preocupante é o risco do vício. Desta forma a pornografia pode ser vista como uma droga que age diretamente na produção de hormônios do prazer e afeta toda a vida social do indivíduo. É preciso motivar as novas gerações a terem uma vida social saudável, uma convivência constante e natural com grupos mistos e principalmente que colabore para uma visão digna e natural do sexo oposto. Uma sociedade saudável é uma sociedade que não reprime a sexualidade nem tampouco a vê como a simples vivência de um direito, mas como expressão do amor.

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