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Pais e filhos: 4 respostas baseadas na Psicologia

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Aleteia Vaticano - publicado em 22/07/13

Por que uma criança precisa de um pai e de uma mãe?

A proposta de excluir lésbicas e mulheres solteiras dos tratamentos de reprodução assistida em hospitais públicos espanhóis, que o Conselho Interterritorial do Sistema Nacional da Saúde poderia aprovar esta semana, provocou críticas de alguns setores.

A Segurança Social deve cobrir este serviço com o dinheiro de todos? Quem tem este direito: a criança, de ter um pai e uma mãe, ou a pessoa que quer satisfazer a vontade de ser mãe? Mais ainda: uma criança precisa de um pai e de uma mãe, ou dá na mesma?

Homem e mulher oferecem contribuições diversas na educação dos filhos, cada um de forma singular e única. Em outras palavras, as mães e os pais não são intercambiáveis. Duas mulheres podem, cada uma delas, ser boas mães, mas nenhuma pode ser um bom pai, explica a psicóloga Trayce L. Hansen, em um artigo publicado em Catholic.net.

Ser criado por um pai e uma mãe garante um melhor desenvolvimento dos filhos.

Em primeiro lugar, porque o amor materno e o amor paterno, ainda que igualmente importantes, são qualitativamente diferentes e oferecem relações diversas.

Concretamente, segundo Hansen, a combinação do amor de mãe, que mostra uma devoção incondicional, e o amor de pai, que coloca condições, é o que acaba sendo essencial para o desenvolvimento de um filho. Qualquer dessas formas de amor pode ser problemática sem a outra. Porque o que um filho precisa é do equilíbrio complementário que ambos os tipos de amor e proteção propiciam.

Só o casal formado por pai e mãe oferece aos seus filhos a oportunidade de criar relações com um progenitor do mesmo sexo e do sexo contrário. O relacionamento com ambos o sexos em uma etapa inicial da vida torna mais fácil para o filho relacionar-se com ambos os sexos mais adiante.

Em segundo lugar, as crianças progridem por meio de etapas de desenvolvimento previsíveis e necessárias. Algumas etapas exigem mais de uma mãe, enquanto outras requerem mais a presença de um pai. Na primeira infância, por exemplo, os filhos costumam estar melhor sob os cuidados de sua mãe.

No entanto, se um menino há de se tornar um homem de verdade, tem de se desapegar da sua mãe e identificar-se com seu pai. Um menino sem pai carece de um homem com o qual se identificar e é mais provável que tenha problemas na hora de forjar uma identidade masculina saudável.

Um pai ensina o filho a como canalizar devidamente seus impulsos agressivos e sexuais; também inspira no menino uma forma de respeito que uma mãe não pode infundir. Estas são as principais razões pelas quais os meninos sem pais têm maior probabilidade de cair na delinquência e acabar presos.

A necessidade de um pai também faz parte da psique das meninas. Há momentos na vida de uma menina em que só vale um pai. Por exemplo, um pai oferece a uma filha um lugar seguro e sem conteúdo sexual no qual experimentar seu primeiro relacionamento homem-mulher e afiançar sua feminilidade. Quando falta a figura do pai para desempenhar este papel, a menina tem mais probabilidade de chegar a ser promíscua, em uma tentativa equivocada de satisfazer seu anseio inato de atenção e aprovação masculinas.

Em geral, os pais desempenham um papel de contenção na vida dos seus filhos. Refreiam nos filhos uma conduta antissocial e evitam que o comportamento das suas filhas tenha um excessivo tom sexual. Quando falta um pai que cumpra esta função, muitas vezes se derivam nefastas consequências, tanto para os filhos sem pai como para a sociedade.

O terceiro motivo é que meninos e meninas precisam de um progenitor do sexo oposto que os ajude a moderar suas próprias inclinações vinculadas à condição masculina. Por exemplo, os meninos se inclinam em geral pela razão mais que pela emoção; preferem as normas antes que as relações; correr riscos ao invés de ser cautos; e optam pelas normas acima da compaixão, enquanto, via de regra, as meninas tendem ao contrário.

Um progenitor do sexo oposto ajuda o filho e a filha, segundo o caso, a controlar suas próprias inclinações naturais, ensinando-lhes, com a palavra e de forma não-verbal, o valor das tendências contrárias. Esse ensino não só facilita a moderação, mas também amplia os horizontes de cada filho, ajudando-o a ver além do seu próprio e limitado ponto de vista.

Em quarto lugar, as realidades parentais que não são um casal heterossexual aumentam a confusão sexual e a experimentação sexual dos jovens. A mensagem implícita e explícita das uniões homossexuais é que todas as opções são igualmente aceitáveis e desejáveis. Portanto, inclusive os filhos provenientes de lares tradicionais, se influenciados pela mensagem de que todas as opções sexuais são iguais, crescerão pensando que não importa com quem a pessoa se relacione sexualmente ou se case.

Sustentar semelhante crença levará alguns jovens a considerar planos sexuais e maritais nos quais nunca antes haviam pensado. E os filhos de casais homossexuais provavelmente farão mais experiências sexuais.

Sem dúvida, a sexualidade humana é maleável. Pensemos na Grécia ou Roma antigas, em que a homossexualidade masculina e a bissexualidade estavam presentes na sociedade. Isso não acontecia porque a maioria daqueles homens tinha nascido com um “gene homossexual”, mas porque a homossexualidade era aprovada em tais sociedades. Aquilo que uma sociedade admite se multiplica dentro dela.

Certamente, uma pessoa sozinha ou os casais homossexuais podem dar amor, assim como os casais heterossexuais, mas os filhos precisam mais do que amor: precisam das características distintivas e das naturezas complementares de um progenitor masculino e outro feminino.

A sabedoria acumulada ao longo de mais de 5 mil anos chegou à conclusão de que a configuração marital e parental ideal é a formada por um homem e uma mulher. Desprezar com arrogância semelhante acervo de sensatez, e utilizar os filhos como coelhinhos da Índia de um experimento radical é, no melhor dos casos, arriscado; e no pior deles, catastrófico.

Na luta entre os caprichos de algumas pessoas e as necessidades de todas as crianças, não podemos permitir que os filhos saiam perdendo.

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