"Peço a vocês que me ajudem nesta Jornada, para o bem, para a sociedade, para os jovens e especialmente para os idosos. Agradeço a todos vocês; vi que os 'leões' não são tão ferozes."
Com estas palavras, o Papa Francisco se despediu dos 70 jornalistas, operadores e técnicos que voaram com ele de Roma ao Rio de Janeiro. Bergoglio não deu uma coletiva de imprensa com perguntas preparadas, como seus antecessores: "Eu não dou entrevistas, é cansativo demais para mim".
O Papa, no entanto, quis cumprimentar os jornalistas, conversando com cada um e até fazendo brincadeiras. Um lhe deu um livro; outro, uma bandeira do Brasil; outro falou sobre situações pessoais; alguns se limitaram a cumprimentá-lo formalmente ou saudá-lo como um amigo ou parente.
Francisco não estava acompanhado pelo séquito habitual de prelados – não apareceu nem o Secretário de Estado ou seu substituto –, mas apenas pelo porta-voz, Pe. Federico Lombardi.
Antes de o Papa tomar a palavra para uma breve introdução à viagem, dedicada aos jovens, mas também aos idosos (porque – como disse –, se os primeiros são "o futuro" da sociedade, estes últimos representam a "sabedoria"), Francisco foi saudado pela jornalista mexicana Valentina Alazraki, decana das viagens Papais.
Ela, de fato, participou da primeira viagem internacional do Papa João Paulo II em 1979, ao México. "Nós sabemos que os jornalistas – disse, em sua breve saudação em espanhol – não são santos da sua devoção. O Pe. Lombardi o trouxe aqui conosco na cova do leão…". Valentina Alazraki, correspondente da Televisa, deu ao Papa uma pequena imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina.
"Eu já ouvi coisas um pouco estranhas – respondeu Francisco – sobre vocês não serem santos de minha devoção, e que eu estaria aqui entre os leões… Mas não me parecem tão ferozes assim."
O Papa falou da importância da viagem, dirigindo um pensamento à crise global: "Corremos o risco de ter uma geração sem trabalho. O trabalho é a dignidade de uma pessoa…".
Em seguida, mencionou a "cultura do desperdício" em que vivemos, a cultura que "descarta" os idosos e, agora, até mesmo os mais jovens. "Queremos, em vez disso – disse ele –, que haja uma cultura de inclusão, reunião, porque estamos todos na sociedade".
Imediatamente após a breve introdução, os jornalistas foram, um por um, cumprimentar o Pontífice, que, sem pressa alguma, conversou com os "leões ferozes" que eram seus companheiros de viagem.
Depois, antes de deixar a área onde os jornalistas estavam viajando, pediu-lhes que o ajudassem, que fossem seus aliados, "para o bem", para os jovens e, especialmente para os idosos.
Uma aliança entre o Papa e a mídia não é novidade: João Paulo II já havia proposto isso, como explicou o Pe. Lombardi.
Jornalistas, vejo que vocês não são tão ferozes assim
Andrea Tornielli - publicado em 23/07/13
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