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Dinheiro e poder: duas drogas perigosas

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Aleteia Vaticano - publicado em 25/07/13

Sem os valores autenticamente humanos, podem destruir a vida social de qualquer país, voltando-se contra o povo, e não a favor dele

Quando os membros de uma sociedade conduzem suas vidas sem valores humanos e cristãos, dá-se um fenômeno comum que acaba sempre em desastre. Tal fenômeno consiste em converter o poder e o dinheiro em drogas tão ou mais perigosas que a maconha, a morfina ou a cocaína. As drogas do poder e do dinheiro destroem a vida social de qualquer país.

O dinheiro, que deveria ser um simples e útil meio de câmbio, passou a funcionar como a droga promotora do sistema capitalista, cujas virtudes, como a competitividade, são distorcidas.

O lucro justifica tudo: os preços abusivos, uma menor qualidade suprida com maior propaganda e salários baixos. Tudo se justifica para ter maiores utilidades, ou seja, mais dinheiro na conta bancária.

O poder político, por outro lado, tornou-se a droga que motiva e mobiliza o consumismo nos diversos países em que se instalou, usando a bandeira da justiça social, muito atraente em países nos quais a droga do dinheiro a sepultou.

Ter o poder total começou a funcionar como a droga substituta que, em troca da justiça social, como falsa promessa, ao apoderar-se do poder político e também do poder econômico, converte o cidadão-pessoa humana em um escravo do Estado, que desconhece a dignidade do homem como filho de Deus.

Um regime comunista age desta maneira. A primeira coisa que faz é incentivar o ódio de classes, para dividir a sociedade civil e enfrentá-la até destruí-la. Coloca, então, a justiça como meta em sua propaganda e, assim, oculta a droga do poder total, que desconhece não somente a liberdade do cidadão, mas todos os seus direitos humanos.

Apodera-se, então, da Constituição, do Estado e Direito, de todos os poderes autônomos próprios de qualquer democracia e confisca a propriedade privada.

Com estas medidas, o poder político concentra mais poder econômico, com o qual o soberano passa à condição de “escravo moderno”, enganado com o “mar da felicidade”.

A droga do poder é tão mortífera, que o cidadão acaba sendo vítima da insegurança, da escravidão, porque não pode exercer sua liberdade, e também da fome, pois até para comer depende e um cartão de racionamento.

É assim que a droga do poder político funciona, não a favor, mas contra o povo. Esta droga justifica também o controle da soberania por meio do árbitro eleitoral submetido ao único poder, desfrutado por esses dependentes.

O dinheiro e o poder são duas drogas capazes de destruir a vida e a felicidade de qualquer povo. A União Soviética e Cuba são dois bons exemplos. A Venezuela deve aprender deles, para não cair em desgraça.

Depois de 50 anos de comunismo em Cuba, Raúl Castro disse: “Percebemos, com dor, ao longo de mais de 20 anos de período especial, o aumento da deterioração de valores morais e civis, como a honestidade, a decência, a vergonha, o pudor, a maturidade e a sensibilidade diante dos problemas dos outros”.

Uma revolução leva a isso.

(Com Reporte Católico Laico)

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