Chega outro inverno e novamente nos preparamos para comemorar o aniversário da encíclica Humanae vitae.
Nunca me cansarei de agradecer ao Papa Paulo VI pela sua coragem de publicar aquele texto sobre o início da vida humana, sua transmissão e o amor dos esposos. Ele o fez no ano da revolução sexual de 68, provavelmente contra a opinião de alguns especialistas e frente a uma grande oposição da mídia.
O texto é considerado profético. Continuou os ensinamentos de Pio XII e apontou muito bem para os de João Paulo II. Mas sobretudo acertou plenamente no núcleo da transmissão da vida humana, um momento especial entre os esposos e Deus.
O dedo de Deus se encontra no leito conjugal e, na transmissão da vida, é máxima a cooperação entre o Criador e nós. Os seres humanos dispõem de uma ampla margem de liberdade em seu agir.
Como é natural, temos limites físicos e morais; no entanto, nossa liberdade e criatividade são maiores do que podemos chegar a imaginar. Na criação de um novo ser humano, Deus deseja que o amor flua abundantemente. A transmissão de uma nova vida é um ato de amor de Deus e dos esposos.
A criação de uma família e o dom de si, sem esconder a faculdade criadora, são condições indispensáveis para acolher bem um novo ser humano. Precisamos lembrar que todos e cada um de nós somos seres humanos para sempre. Uma vez criados, e passada a prova deste mundo, existiremos para sempre.
Parece que, até agora, a humanidade total foi de cerca de 15 milhões de seres humanos. Deus poderia ter criados muitíssimos outros, mas somos os que somos, cada um diferentes do outro e, ao mesmo tempo, irmão singular. Desde antes da criação do mundo, Deus já havia pensado em nós. Ninguém sobra. Todos nós fomos queridos por Ele.
Nossa corporeidade nos vem de origem. Não é algo acrescentado nem ruim. Nós, médicos, sabemos muito bem quão belo, complexo e interessante é o corpo humano e sua fisiologia. Muitas vezes encontramos aspectos surpreendentes em nós mesmos. A mulher, ser maravilhoso, tem o dom a fertilidade periódica para ser e transmitir felicidade.
Junto à importância de buscar ser melhores como pessoas, eu gostaria de ressaltar a vontade de entrega e ajuda mútua conjugal, explicitamente indicadas por Paulo VI.
A entrega exclui a contracepção, e a ajuda mútua ri daqueles que sustentam que a Igreja é contra a sexualidade.
(Com FIAMC)
O dedo de Deus no leito conjugal

Aleteia Vaticano - publicado em 26/07/13
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