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JMJ: com a mochila carregada de compromisso

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Gilberto Hernández García - publicado em 30/07/13

A JMJ já terminou, as pessoas estão voltando para casa, mas o que permanece no coração de todos é a sensação de plenitude

A JMJ terminou. As pessoas começaram a voltar para casa já desde o domingo. A sensação que fica é de plenitude, como comentou um amigo: "Realmente, a JMJ é uma experiência de conversão". Ele me relatou, com toda a sua carga emotiva, uma das atividades nas quais pôde participar como peregrino. Não há dúvida de que o Espírito de Deus continua fazendo novas todas as coisas.

Eu continuo, como jornalista e seguidor de Jesus Cristo nesta nossa amada Igreja, com um gostinho especial, com o coração repleto de alegria, ainda que a correria por compartilhar o mais rápido possível o que estava acontecendo no Rio às vezes não tenha me permitido digerir, em sua totalidade e em toda a sua substância, todos os momentos da JMJ.

A tarefa de todos será ir assimilando e saboreando, em todas as suas partes, as mensagens de Francisco, as quais, ainda que tendo como público-alvo especialmente os jovens, tocam a vida de todos, sem importar a idade.

Alguém disse que a JMJ superou todas as previsões. E não me refiro somente à grande quantidade de jovens (e adultos "infiltrados na festa") que, superando os 3 milhões, lotaram a cidade do Rio de Janeiro; nem às travessuras que a chuva, o vento e o frio fizeram nestes dias; falo do enorme dinamismo mostrado pelo Papa, da simplicidade das suas palavras e da maneira direta que ele teve para confirmar na fé seus irmãos mais jovens.

Ele falou de batidas de liquidificador e futebol; de modas e desafios; de tomar um cafezinho e do clima; de agitação e não voltar atrás; mas sempre do Evangelho, da presença de Deus em meio às realidades da vida. Com cada uma das suas palavras, fomos entendendo o que é a "novidade do Evangelho".

São coisas que já foram ditas, talvez ouvidas mais de uma vez, já conhecidas, mas que agora tinham um novo significado. Em mais de uma ocasião, levei as mãos à cabeça, enquanto lia os discursos ou assistia à transmissão, dizendo para mim mesmo: "Mas claro! As coisas são assim, é assim que devem ser".

Supostamente, o jornalista não deve se envolver emocionalmente com as fontes que cobre, com os acontecimentos que relata, para não perder a objetividade; no entanto, foi muito difícil escapar deste ambiente jovial e carregado de fé, que convida a renovar a vida, a assumir cada uma das dimensões da própria existência segundo o Reino, esse que Jesus anunciou e o Papa Francisco destacou nestes dias.

A JMJ terminou. Os sentimentos se cruzam. Muitos jovens já arrumaram as mochilas para voltar para casa. Mas estas mochilas, ainda que com toda a bagunça própria dos seus donos, estão agora carregadas de reflexões, compromisso, tarefas por realizar. O Papa foi claro na vigília: "É preciso suar a camisa". Não podemos nos distrair, porque quem se distrai perde o jogo.

Um dos símbolos que mais me chamaram a atenção durante a JMJ foi a Igreja que os jovens construíram durante a vigília. Foi um esforço enorme, mas, pouco tempo depois, eles mesmos a desmontaram. Por quê? Porque é parte da missão: ir às comunidades de origem e construir a parte que nos corresponde dentro desta grande família que é a dos filhos de Deus.

E eu fico com esta parte: como jornalista e seguidor de Cristo, sinto-me impulsionado a continuar colaborando na difusão da boa nova do amor de Deus. Foi uma belíssima oportunidade de estar perto desse "coração do mundo" que foi a JMJ do Rio de Janeiro.

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