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Palavras do Papa sobre homossexualidade são baseadas no Catecismo

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Canção Nova - publicado em 02/08/13

As palavras do Papa pareceram para alguns que ele estava aprovando o comportamento, a prática, homossexual, mas não é isso

No voo de volta do Rio de Janeiro para Roma (28/7/2013), o Papa Francisco falou aos jornalistas sobre a homossexualidade citando explicitamente o Catecismo da Igreja, doutrina oficial do Magistério da Igreja. Entre outras coisas disse que: "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O Catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas por isso. Elas devem ser integradas à sociedade. O problema não é ter esta tendência. Devemos ser irmãos.” (jornal El Mundo, da Espanha).

O Catecismo da Igreja, com outras palavras diz a mesma coisa. Mas essas palavras do Papa pareceram para alguns que ele estava aprovando o comportamento, a prática, homossexual, mas não é isso.  A Igreja acolhe qualquer pessoa que a procure; suas portas estão sempre abertas a todos que buscam refúgio e salvação em Deus por meio dela. “Devemos  ser irmãos”, disse o Papa, e não podemos julgar ninguém, pois Jesus disse: “Não julgueis para não serdes julgados”. Mas isso não quer dizer que não se dever reconhecer o que é ou não pecado. Uma coisa é amar o pecador, outra é aceitar o pecado.

Jamais o Papa poderia contrariar a doutrina oficial da Igreja, expressa no Catecismo, que considera a prática homossexual (não a tendência), um pecado grave (Cat. n.2357). Jamais na história da Igreja um Papa revogou o ensinamento doutrinário do Magistério e de um seu antecessor. Apenas o Papa Francisco expressou o que a Igreja ensina, falando dos que têm a tendência homossexual: “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta” (Cat. n.2358). 

Isto mostra que a Igreja ama os homossexuais, embora condene a prática homossexual; e isso nada tem de homofobia, de perseguição e violência de qualquer forma contra eles, ao contrário. A Igreja sabe que as causas da homossexualidade são complexas, e não entra no mérito desta questão: “A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar”. Mas deixa claro que a “prática homossexual” é pecado grave: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1 Cor 6, 10; 1 Tm 1, 10), a Tradição sempre declarou que "os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados" (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração Pessoa Humana, 8). São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados” (idem).

A Igreja orienta seus filhos que trazem a tendência homossexual que resistam à sua “prática”, com a fé e a graça de Deus, e reconhece que a sua luta é árdua: “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição” (Cat. 2358).

A Igreja pede-lhes que enfrentem essa difícil luta de não cair na prática dos atos homossexuais, e vivam na castidade,  praticando as virtudes do autodomínio, pela oração e pela graça sacramental; e afirma que assim,  “podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (n.2359).

São muitos os testemunhos de jovens, rapazes e moças, que, mesmo carregando a tendência homossexual, por amor a Deus, vivem na castidade. A doutrina da Igreja sobre a questão da homossexualidade é a mesma ensinada em toda a sua história, nada tem de novo, e foi relembrada no documento da Congregação da Fé, “Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais”, de 2003:

"A Igreja ensina que o respeito para com as pessoas homossexuais não pode levar, de modo nenhum, à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal das uniões homossexuais. O bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade. Reconhecer legalmente as uniões homossexuais ou equipará-las ao matrimônio, significaria, não só aprovar um comportamento errado, com a consequência de convertê-lo num modelo para a sociedade atual, mas também ofuscar valores fundamentais que fazem parte do patrimônio comum da humanidade. A Igreja não pode abdicar de defender tais valores, para o bem dos homens e de toda a sociedade".

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