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Egito: violência e possível suspensão de ajudas internacionais

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MAHMUD KHALED

Agência Brasil - publicado em 19/08/13

Países árabes ajudarão financeiramente o Egito, se EUA e Europa suspenderem repasses

Os países árabes estão prontos para ajudar o Egito em meio ao agravamento da crise no país, após a morte de 750 pessoas em três dias de confrontos entre manifestantes e forças policiais.

O chefe da diplomacia da Arábia Saudita, príncipe Saud Al Faisal, disse hoje (19) que os árabes estão dispostos a colaborar com os egípcios para compensar a suspensão da ajuda de países do Ocidente.

A declaração do príncipe ocorre às vésperas da reunião dos chanceleres dos 28 países da União Europeia para analisar uma possível suspensão da ajuda financeira ao Egito, em resposta ao aumento da violência e da repressão no país.

Nos Estados Unidos, vários senadores, incluindo o ex-candidato presidencial do Partido Republicano John McCain, pediram ao governo a interrupção da assistência militar anual de US$ 1,3 bilhão ao Egito.

Al Faisal criticou as posições dos países ocidentais. O governo da Arábia Saudita anunciou ajuda ao Egito no valor de US$ 5 bilhões de dólares, depois da destituição do poder de Mohamed Mursi, em 3 de julho. Os governos do Kuwait e dos Emirados Árabes Unidos, vizinhos e aliados da Arábia Saudita, também anunciaram apoio ao Egito. Ambos pretende repassar de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões.

Diálogo

Os líderes dos 14 países que integram a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) condenaram a onda de violência no Egito e disseram estar preocupados com a destituição do poder do presidente Mohamed Mursi, em 3 de julho. Reunidos no último fim de semana no Malaui, os líderes reiteraram a necessidade de buscar “um processo de diálogo e reconciliação com vista à reposição da normalidade constitucional” no Egito.

A reunião ocorreu no Malaui, porque o país assumiu a presidência da organização. A ideia é promover uma espécie de mediação feita pela Comissão da União Africana e pelo Painel de Alto Nível da União Africana – formado pelos ex-presidentes do Mali Alpha Konare e do Bostwana Festus Mogae e pelo primeiro-ministro do Djibuti, Dileita Mhammed Dileita.

A presidenta da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini Zuma, apelou às autoridades do Egito para que encerrem a violência. Os confrontos na semana passada envolvendo manifestantes e forças policiais provocaram cerca de 750 mortes no país.

Só hoje (19) pelo menos 24 policiais foram mortos durante ataque a dois carros da polícia na Península do Sinai. Dois políciais ficaram feridos em outro ataque, que ocorreu perto da cidade de Rafah, onde está instalado o posto para a Faixa de Gaza, no Norte do Sinai. Nas últimas semanas, a Península do Sinai virou foco de instabilidade e palco de ataques contra forças de segurança e gasodutos.

Nos últimos dois dias, os líderes de Angola, da África do Sul, de Botswana, da Zâmbia, do Zimbabwe, da Tanzânia, da República Democrática do Congo, de Moçambique, do Malaui, do Lesoto, da Ilhas Maurícias, das Ilhas Seychelles, da Namíbia, da Suazilândia analisaram várias questões que afetam a região.

(Com Agência Brasil)

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