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Os sentidos da Escritura

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Corinne SIMON/CIRIC

Cleofas - publicado em 21/08/13

A Bíblia é um livro de verdades religiosas reveladas por Deus

Para se fazer uma boa leitura da Bíblia, a Igreja nos recomenda ter em mente o que chamamos de cinco sentidos.

1. A analogia da fé – A Bíblia é um livro de verdades religiosas reveladas por Deus. Cada texto está de certa forma relacionado com toda a Bíblia e com a fé da Igreja. Não podemos tirar um texto ou um versículo que seja deste contexto, sem que possa haver erro de interpretação. Aqui entra a fundamental importância da Tradição e do Magistério da Igreja. É a Igreja que deve ter a palavra final, a fim de se evitar o perigoso subjetivismo pessoal (“eu acho que…”).

2. O sentido da História – Deus é o Senhor da história dos homens e a sua santa vontade se realiza por meio das vicissitudes humanas. O avançar da história também nos ajuda a compreendera Sagrada Escritura. Jesus mandou observar os sinais dos tempos.

3. O sentido do movimento progressivo da Revelação – É importante notar que Deus na sua paciência diferente da nossa, foi se revelando lentamente, durante 14 séculos, e continuou a se revelar durante mais de 20 séculos pelos caminhos da Sua Igreja, através da Sagrada Tradição (transmissão oral, não escrita) que para nós católicos tem o mesmo valor das Sagradas Escrituras.

4. O sentido da relatividade das palavras – as palavras são relativas, nem sempre absolutas. Para compreender o texto bíblico importa saber o que certas palavras significavam exatamente quando foram usadas pelo autor sagrado.

5. O bom senso e senso crítico – também é recomendado; isto é, a nossa inteligência e equilíbrio diante dos fatos. É bom saber perguntar diante de certas interpretações: isto tem fundamento no texto original? Ou são apenas o ponto de vista de alguém em desacordo com o autor sagrado?

A Constituição Dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Revelação divina, Dei Verbum, recomenda três pontos ao se ler a Palavra de Deus:

1. Conteúdo e unidade da Escritura inteira. Quer dizer, não interpretar uma parte da Escritura fora do seu contexto integral. Muitas vezes um versículo só será bem entendido quando lido juntamente com outros.

2. A Tradição viva da Igreja. Observar como a Tradição da Igreja interpretou a parte que está sob estudo; especialmente pesar a palavra dos Papas, Santos Padres da Igreja e seus doutores.

3. Analogia da fé — Isto é, verificar a coesão das verdades da fé entre si. Uma não pode ser oposta a outra, pois o Espírito Santo não se contradiz.

Retirado do Livro: “Escola da Fé- Vol. II”

(Originalmente publicado em Cléofas, no dia 20 de agosto de 2013)

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